BENTO XVI: A GUARDA SUÍÇA É ESCOLA DE VIDA A SERVIÇO DO PAPA
Cidade do Vaticano, 05 mai (RV) - Em seu serviço ao papa e à Igreja, a Guarda
Suíça Pontifícia é também "uma escola de vida": foi o elogio feito por Bento XVI aos
membros do Corpo fundado em 1506 pelo Papa Júlio II, recebidos esta manhã, na Sala
Clementina, no Vaticano, com os seus familiares.
A audiência teve lugar por
ocasião do juramento de 33 novos membros, que será feito amanhã à tarde no pátio São
Dâmaso da residência apostólica. O juramento será precedido pela celebração da morte
heróica de 147 soldados helvécios em defesa do sumo pontífice durante o saqueio de
Roma de 1527.
O Santo Padre pronunciou o seu discurso nas línguas oficiais
da Suíça: alemão, italiano e francês.
"Sob a farda, cada um é uma pessoa única
e irrepetível, chamada por Deus a servir seu Reino de amor e de paz", ressaltou Bento
XVI, que convidou a Guarda Suíça a cultivar "sempre a oração e a vida espiritual".
O papa expressou suas felicitações aos novos recrutas e renovou a sua gratidão
ao Corpo da Guarda Suíça, chamado a vigiar a segurança do pontífice romano e de sua
residência: "Caros amigos, agradeço-lhes pela generosidade e a dedicação com a qual
vocês trabalham a serviço do papa. O Senhor os recompense e lhes conceda abundantes
favores celestes".
Em seguida, o papa se deteve sobre a identidade e as tarefas
da Guarda Suíça, que em 2006 celebrou com importantes manifestações seu quinto centenário
de fundação. Tratou-se de uma circunstância propícia para colher "as profundas transformações
do contexto social no qual, ao longo dos séculos, a Santa Sé foi chamada a viver e
a atuar".
Diante de "tais impressionantes evoluções", constatou Bento XVI,
ressalta-se ainda mais aquilo que não muda, como a identidade da Guarda Suíça: "Passados
cinco séculos, permaneceu imutável o espírito de fé que leva jovens suíços a deixar
a sua bela terra para vir prestar serviço ao papa no Vaticano".
A Guarda Suíça,
acrescentou, "é também uma escola de vida" e, durante a experiência no Vaticano, muitos
jovens puderam descobrir sua vocação ao matrimônio e à vida consagrada: "Esse é um
motivo de louvor a Deus, mas também de apreço à Guarda Suíça".
Aos familiares
da Guarda, Bento XVI dirigiu palavras de afeto: "Estou contente especialmente por
acolher tantas crianças, que são as flores mais bonitas de suas famílias e nos recordam
o amor de predileção que Jesus tinha pelos pequeninos". (RL/BF)