2008-05-02 15:38:30

A “vitalidade” e “unidade” da Igreja Cubana, “apesar das muitas dificuldades e limitações”, referidas com apreço pelo Papa, recebendo os bispos de Cuba, em visita “ad limina"


(2/5/2008) Entre as prioridades pastorais a manter constantemente, Bento XVI recordou a família, a “promoção de um laicado comprometido”, o acompanhamento humano e espiritual dos padres, o incremento das vocações sacerdotais e o “serviço dos mais pobres e desfavorecidos.

O Papa evocou dois acontecimentos que marcaram o início de uma nova etapa na história da Igreja católica em Cuba: o Encontro nacional eclesial cubano, há pouco mais de vinte anos, e “principalmente a histórica visita” a Cuba de João Paulo II, em 1998, faz anos dez anos, portanto. Dois acontecimentos que levaram a Igreja em Cuba a incrementar a sua actividade pastoral e missionária. Um esforço a renovar neste momento histórico:

“Neste momento da história, a Igreja neste país está chamada a oferecer a toda a sociedade cubana a única verdadeira esperança: Cristo nosso Senhor, vencedor do pecado e da morte. É esta a força que tem mantido os crentes cubanos firmes na senda da fé e do amor.
Tudo isso exige que o fomento da vida espiritual tenha um lugar central nas aspirações e projectos pastorais. Só a partir de uma experiência pessoal de encontro com Jesus Cristo, e com uma preparação doutrinal sólida e enraizada na comunidade eclesial, o cristão poderá ser sal e luz do mundo, saciando assim a sede de Deus que se adverte cada mais entre os cubanos”.

O Papa exprimiu aos presbíteros de Cuba “gratidão e apreço” pela sua “fidelidade e incansável serviço à Igreja e aos fiéis”, pedindo aos bispos cubanos para “acompanhar e encorajar” o clero do país.
Também a “promoção de um laicado comprometido, consciente da sua vocação e missão na Igreja e no mundo” mereceu uma especial referência da parte do Santo Padre:

“Fortalecidos com uma vida espiritual intensa e contando com uma sólida preparação religiosa, especialmente no que diz respeito à doutrina social da Igreja, os leigos poderá oferecer um testemunho convincente da sua fé em todos os âmbitos da sociedade, para os iluminar com a luz do Evangelho. A este propósito, faço votos de que a Igreja em Cuba, em conformidade com as suas legítimas aspirações, possa aceder normalmente aos meios de comunicação social”.

O Papa sublinhou também a importância da pastoral dos casais e das famílias, que vivem – reconheceu – uma situação preocupante, ameaçadas na sua estabilidade pelo divórcio, pela prática do aborto, pelas dificuldades económicas e pelas separações devidas nomeadamente à emigração. Bento XVI recomendou aos Bispos cubanos esforços redobrados “para que todos, especialmente os jovens, compreendam melhor e se sintam cada vez mais atraídos pela beleza dos autênticos valores do matrimónio e da família”.

Finalmente, Bento XVI congratulou-se com “a generosidade” com que a Igreja no país “se entrega ao serviço dos mais pobres e desfavorecidos, recebendo por isso o reconhecimento de todo o povo cubano”:
“De todo o coração vos exorto a continuar a levar a todas as famílias necessitadas, aos doentes, aos idosos ou aos encarcerados, um sinal visível do amor de Deus para com eles, conscientes de que a melhor defesa de Deus e do homem consiste precisamente no amor. Desta maneira, oferecem a toda a Cuba o testemunho de uma Igreja que partilhe profundamente as suas alegrias, esperanças e limitações”.








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