2008-04-30 13:06:12

Na audiência geral o Papa passa em revista as etapas da recente viagem apostólica aos EUA, e louva a sã laicidade deste país onde a dimensão religiosa não só é tolerada, mas mesmo valorizada como alma da nação e garantia dos direitos e dos deveres do homem”


(30/4/2008) Durante a sua viagem aos Estados Unidos, o Papa pôde apreciar a “sã laicidade” daquele país, graças à qual “a dimensão religiosa não só é tolerada, mas mesmo valorizada como alma da nação e garantia dos direitos e dos deveres do homem”: afirmou-o o próprio Bento XVI na audiência geral desta quarta-feira, dedicada precisamente à sua recente visita à ONU e aos Estados Unidos.
Em razão dessa visão da laicidade – observou o Santo Padre – “a Igreja pode desenvolver a sua missão de evangelização e promoção humana, sendo também consciência crítica e contribuindo para a construção de uma sociedade digna dos principais actores da cena internacional”, visando uma “solidariedade global e o paciente exercício do diálogo”.

O Papa passou em revista as diferentes etapas desta sua oitava viagem internacional, referindo nomeadamente o seu desejo e empenho de que a Igreja americana esteja próxima das vítimas dos abusos sexuais realizados por sacerdotes, e de que os bispos saibam “tratar as feridas”. O pontífice mencionou como muito significativo o encontro com algumas das vítimas dos abusos, assim como o seu colóquio com expoentes judeus, numa sinagoga de Nova Iorque.
“Embora tenha passado já algum tempo sobre a viagem que me levou às Nações Unidas e aos Estados Unidos – afirmou – desejo exprimir o mais cordial reconhecimento à Conferência Episcopal e ao presidente George W. Bush, pelo caloroso acolhimento. Mas o meu obrigado estende-se também – acrescentou ainda – a todos os que se deslocaram a Washington ou a Nova Iorque para manifestar o seu amor ao Papa e a todos os que me acompanharam com a oração e oferta de sacrifícios”.
Finalmente, Bento XVI recordou a origem “puramente eclesial” da viagem, pelo bicentenário de algumas dioceses americanas, embora reconhecendo alguns outros significados que aquela assumiu depois, nomeadamente com a intervenção na sede das Nações Unidas, a 18 de Abril.
O Papa recordou ainda ter renovado perante a assembleia da ONU e renova também hoje, o empenho real da Igreja católica no sentido de contribuir para reforçar as relações internacionais assentes em princípios de responsabilidade e solidariedade.
Principal objectivo do discurso na ONU – explicou – foi, por ocasião do 60º aniversario da declaração universal dos direitos do homem, ter a oportunidade de confirmar o valor de tal Declaração salientando o seu fundamento universal, isto é a dignidade da pessoa humana, criada por Deus á sua imagem e semelhança para cooperar no grande desígnio de vida e de paz.
Devemos recordar –a acrescentou Bento XVI – que, como a paz, também o respeito dos direitos humanos, está enraizado na justiça, que dizer, numa ordem ética válida para todos os tempos e todos os povos, que se pode resumir na frase não faças aos outros aquilo que não queres que seja feito a ti.
Não faltou nesta audiência geral uma saudação em língua portuguesa. RealAudioMP3 Amados Irmãos e Irmãs,
Convido todos a unir-vos em torno a mim para dar graças ao Senhor pelo sucesso alcançado na minha recente Viagem Apostólica nos Estados Unidos. Ao suplicar a Deus, pela intercessão da Virgem Maria, abundantes graças a fim de que se consigam frutos de paz e de concórdia entre os povos, saúdo cordialmente os peregrinos de língua portuguesa do Brasil e de Portugal, de modo especial os visitantes do Porto, e a todos estendo a minha propiciadora Bênção Apostólica.









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