BISPOS CUBANOS INICIAM, NO VATICANO, SUA VISITA ‘AD LIMINA’
Cidade do Vaticano, 29 abr (RV) - Está em andamento, no Vaticano, a visita
'ad Limina' dos bispos de Cuba, que se prolongará até sábado, dia 3 de maio. Ontem,
o Santo Padre recebeu em audiência um primeiro grupo de prelados caribenhos, conduzido
pelo arcebispo de Havana, Cardeal Jaime Lucas Ortega y Alamino. O encontro com Bento
XVI dá-se no ano em que se celebra o décimo aniversário da histórica visita de João
Paulo II à Ilha.
Em 1998, João Paulo II exortou Cuba a abrir-se ao mundo e
o mundo a abrir-se a Cuba. Foram necessários dez anos para que começassem a ser dados
os primeiros pequenos passos nessa direção.
Uma das últimas repúblicas socialistas
do planeta, Cuba foi conduzido durante 49 anos por Fidel Castro, um dos principais
artífices da revolução, que em 1959 derrubou o regime de Fulgêncio Batista.
Recentemente,
em 19 de fevereiro passado, o chamado "líder máximo" deixou a condução do país por
motivos de saúde, e passou o timão ao irmão Raúl. O novo presidente iniciou imediatamente
uma política de tímidas reformas, voltadas a melhorar a condição econômica de Cuba
e a ampliar a esfera das liberdades pessoais de todo cidadão.
Os católicos
na Ilha representam 59,7% dos mais de 11 milhões de habitantes. A Igreja cubana conta
três arquidioceses metropolitanas, Camagüey, San Cristobal de la Havana e Santiago
de Cuba, e oito dioceses sufragâneas.
O atual presidente da Conferência Episcopal
Cubana é o arcebispo de Camagüey, Dom Juan García Rodríguez. A Conferência mantém
um delegado permanente junto ao Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) e publica
um noticiário on-line intitulado "Nosotros Hoy", que pode ser acessado no endereço
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Por fim,
um importante passo avante nas relações entre Estado cubano e Igreja teve lugar após
a visita do cardeal-secretário de Estado, Tarcisio Bertone, realizada entre os dias
21 e 26 de janeiro passado.
Entre as preocupações expressas pelo purpurado
na ocasião, encontra-se a difícil situação econômica que os cubanos sofrem por causa
do embargo que João Paulo II já havia definido como "inaceitável, prejudicial para
o povo cubano e carente de ética". (RL/BF)