LÍDERES RELIGIOSOS INTERNACIONAIS PEDEM FIM DA BOMBA DE FRAGMENTAÇÃO
Dublin, 25 abr (RV) - Um grupo de expoentes internacionais de diversas confissões
religiosas divulgou um documento que será apresentado no próximo mês, em Dublin, para
pedir o fim das bombas de fragmentação.
No documento, os líderes religiosos
recordam que, por mais de 40 anos, as bombas de fragmentação mataram e feriram inocentes,
causando sofrimentos a milhares de pessoas em mais de 20 países. Justamente por isso,
afirmam, é necessário que essa bomba seja abolida.
O apelo é assassinado,
entre outros, pelo co-presidente de Pax Christi International, Dom Laurent Monsengwo
Pasinya, arcebispo de Kinshasa (República Democrática do Congo); por Dom William Kenney,
bispo auxiliar de Birmingham (Inglaterra); pelo rabino David Rosen, responsável pelo
Comitê internacional judaico para o diálogo inter-religioso; por Mohammad Sammak,
secretário-geral do Comitê para o diálogo entre muçulmanos e cristãos; e por Indarjit
Singh, da rede inglesa de organizações sikh.
"Exortamos os governos a aceitar
essa responsabilidade e a colher essa concreta oportunidade de ação para a proteção
dos mais vulneráveis e para a promoção da paz", lê-se no texto.
As negociações
previstas de 19 a 30 de maio na capital irlandesa deveriam constituir o ponto de chegada
de um longo trabalho para a redação de um tratado internacional que imponha a proibição
total do uso dessas bombas.
A última ocasião de um uso maciço da bomba de
fragmentação remonta a 2006, no Líbano, por parte de Israel. Essa bomba, chamada também
"cluster", deve seu nome ao fato que, quando toca o solo, se subdivide em inúmeros
outros explosivos. (BF)