2008-04-24 13:10:04

SANTA SÉ PREOCUPADA COM CONSEQUÊNCIAS NEGATIVAS DA URBANIZAÇÃO


Nova York, 24 abr (RV) - A Santa Sé advertiu que as políticas internacionais e nacionais não podem considerar os emigrantes como simples estatísticas econômicas, esquecendo suas angústias e dificuldades.

O observador permanente da Santa Sé, Arcebispo Celestino Migliore, interveio na última reunião do Conselho Econômico e Social da ONU, ocorrida em Nova York, dedicada em particular à migração de zonas rurais para centros urbanos.

Segundo Dom Migliore, a humanidade vive um momento histórico, pois, pela primeira vez, os habitantes urbanos vão superar em breve os que vivem no campo.

O prelado advertiu para os enormes perigos que o fenômeno acarreta, como novos problemas ambientais, sociais e econômicos e o surgimento de megalópoles. Mas a conseqüência mais importante da rápida urbanização é o aumento de pessoas que vivem na pobreza. No ano de 2005, afirma Dom Migliore, mais de 840 milhões de pessoas no mundo viviam nessas condições.

"Ao faltar-lhes quase tudo, esses indivíduos podem perder o sentido de seu próprio valor e de sua inerente dignidade. Ficam presos em um círculo vicioso de extrema pobreza e marginalização. Invadem propriedades do Estado ou de outros. Sentem-se sem o poder de contar com os serviços públicos mais básicos", afirmou.

Por este motivo, continua Dom Migliore, "ao enfrentar as questões da urbanização, temos que pôr em primeiro lugar as necessidades e as preocupações dos indivíduos, pois colocá-las a serviço de considerações econômicas ou ambientais cria o efeito desumano de tratar as pessoas como meros objetos, e não como sujeitos". (BF)







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