2008-04-18 00:30:27

Lideres religiosos, devem permear a sociedade com um profundo temor e respeito pela vida humana e a liberdade; garantir que a dignidade humana seja reconhecida e apreciada; facilitar a justiça e a paz; ensinar ás crianças aquilo que é justo e bom.


(18/4/2008) O último encontro do Papa esta quinta feira em Washington teve lugar no Centro Cultural Papa João Paulo II: um centro que existe desde 1998 e serve antes de mais como lugar de encontro, de dialogo e de pesquisa nas relações entre fé e cultura. Ali se encontravam cerca de 200 representantes de cinco comunidades religiosas: hebreus, muçulmanos ,hindus, budistas e jianistas .
No discurso proferido nesta ocasião Bento XVI salientou que a tarefa de defender a liberdade religiosa nunca está completada. Novas situações e novos desafios convidam os cidadãos e os lideres a reflectirem sobre a maneira como as suas decisões respeitam este direito humano fundamental.
“Tutelar a liberdade religiosa no âmbito da lei, não garante que os povos, em particular as minorias, sejam poupadas de formas injustas de descriminação e de preconceito. Isto exige um esforço constante da parte de todos os membros da sociedade com o fim de garantir que aos cidadãos seja oferecida a oportunidade de exercer o culto pacificamente e de transmitir o seu património religiosos aos filhos”.
O Papa sublinhou depois o papel cultural da transmissão das tradições religiosas ás gerações que se sucedem e do diálogo entre as religiões.
Convido todas as pessoas religiosas – disse o Papa – a considerarem o diálogo não só como meio para reforçar a compreensão recíproca, mas também como uma maneira para servir de uma maneira mais ampla a sociedade.
Testemunhando aquelas verdades morais que têm em comum com todos os homens e mulheres de boa vontade, os grupos religiosos exercerão um influxo positivo sobre a mais ampla cultura e inspirarão os vizinhos, os colegas de trabalho e os compatriotas a unirem-se na tarefa de reforçar laços de solidariedade”.
Bento XVI referiu que um exemplo concreto do contributo que as comunidades religiosas podem oferecer á sociedade civil são as escolas confessionais; instituições que enriquecem as crianças tanto intelectual como espiritualmente. Guiados pelos seus professores a descobrir a dignidade que foi dada por Deus a cada ser humano, os jovens aprendem a respeitar as crenças e praticas religiosas dos outros aumentando a vida civil de uma nação.
O Papa sublinhou depois a responsabilidades dos lideres religiosos, que devem permear a sociedade com um profundo temor e respeito pela vida humana e a liberdade; garantir que a dignidade humana seja reconhecida e apreciada; facilitar a justiça e a paz; ensinar ás crianças aquilo que é justo e bom!
A concluir o seu discurso o Santo Padre salientou que para além dos pontos em comum existe a responsabilidade de discutir com calma e com clareza acerca das diferenças; é necessário, investigar acerca do fundamento ultimo dos valores que se têm em comum.
Também durante esta deslocação ao centro cultural Papa João Paulo II, Bento XVI encontrou brevemente os representantes da comunidade hebraica a quem entregou uma mensagem de bons votos por ocasião da festa da Páscoa judaica que inicia neste sábado dia 19.








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