"Sentenças de Morte e Execuções em 2007: relatório de AI
(16/4/2008) Mais de 1200 pessoas foram executadas em 24 países, no ano passado, e
outras 3347 foram condenadas à morte em 51 países, segundo um relatório da Amnistia
Internacional (AI) que coloca a China e o Irão no topo da "lista negra". No relatório
"Sentenças de Morte e Execuções em 2007", a AI manifesta-se preocupada pelo facto
de muitos mais indivíduos terem sido mortos, em segredo, pelo Estado, nomeadamente
na China, na Mongólia e no Vietname, e estima que mais de 27 500 indivíduos em todo
o Mundo se encontram no corredor da morte. Lembrando que 2007 foi o ano em que
a Assembleia-Geral das Nações Unidas votou a favor da abolição da pena de morte (104
votos a favor, 54 contra e 29 abstenções), a AI apela aos governos "para que cumpram
as promessas feitas e que acabem com a pena de morte de uma vez por todas". Os
dados apresentados no relatório apontam também para um aumento de execuções, em alguns
países. De acordo com o relatório, 88% de todas as execuções conhecidas tiveram
lugar em cinco países China, Irão, Arábia Saudita, Paquistão e Estados Unidos da América. A
Arábia Saudita apresenta o número mais elevado de execuções per capita, seguida pelo
Irão e pela Líbia. Na China, a Amnistia confirma que foram realizadas 470 execuções
- o número mais elevado da estatística -, mas considera que o número real de execuções
naquele país "é indubitavelmente maior". A China, o país que condena mais indivíduos
à morte, classifica a pena capital como um segredo de Estado. Enquanto o Mundo e os
convidados olímpicos permanecem na dúvida, apenas as autoridades chinesas sabem exactamente
quantas pessoas foram executadas com autorização estatal, refere a AI.