Fazer conhecer melhor o ensinamento social cristão: o objectivo da participação num encontro internacional sobre o livre mercado do Cardeal Renato Martino

(16/4/2008) A luz do Evangelho como factor determinante do pleno e autentico desenvolvimento dos povos foi indicada na Roménia pelo presidente do conselho pontifício Justiça e Paz, cardeal Renato Martino que em Iasi participou hoje num simpósio internacional promovido pelo Instituto Teológico local que se encarregou também da tradução em língua romena do Compendio da doutrina social da Igreja.
Desse volume, publicado em Outubro de 2004 e já disponível nas principais línguas do mundo, o purpurado sublinhou a precisa finalidade de iluminar a vida social dos homens e dos povos com a luz do Evangelho e chamou a atenção para alguns princípios fundamentais no centro da obra pastoral de evangelização e do social.
No topo de tais princípios está o primado e a dignidade da pessoa humana, que se traduz praticamente na defesa e promoção dos direitos humanos, concebidos como universais, invioláveis e inalienáveis.
Segue o principio do bem comum, que exclui tanto a concepção individualista, para a qual cada pessoa humana é um grão de areia desligado dos outros, como a concepção colectivista para a qual o homem é uma molécula confusa no organismo social.
Com referencia á politica – salientou o Cardeal Renato Martino na sua intervenção em Iasi – o bem comum exige para todos o direito - dever da participação, enquanto que em referencia á economia, exige o destino universal dos bens, não se opondo á propriedade privada, mas tão pouco reconhecendo-a como um direito absoluto, intocável, mas sim como meio em vista do fim.
O Presidente de Justiça e Paz recordou o principio de solidariedade, que não é um sentimento de vaga compaixão ou superficial enternecimento pelos males de tantas pessoas, mas determinação firme e perseverante de empenhar-se pelo bem de todos e de cada um.
Nesta sexta feira, em Bucareste o Cardeal Renato Martino apresentará o Compendio da doutrina social da Igreja na perspectiva delineada por Paulo VI da construção da civilização do amor