2008-04-12 13:45:21

Amnistia Internacional apela ao fim da violência no Zimbabué


(12/4/2008) A Comissão Eleitoral Zimbabueana declarou que permanecerá remetida ao silêncio relativamente aos resultados das eleições presidenciais de 29 de Março, enquanto a questão estiver a ser avaliada pelo Supremo Tribunal de Harare.
Um juiz do Supremo Tribunal examinou um pedido do Movimento para a Mudança Democrática pedindo a publicação imediata dos resultados das eleições presidenciais. A decisão do Supremo Tribunal será conhecida na segunda-feira.
Entretanto, a Amnistia Internacional apelou para o fim imediato da “violência política” no Zimbabué, denunciando incidentes “muito disseminados” que “deixam supor represálias coordenadas” contra a oposição. Profundamente “inquieta”, a AI apela “à polícia para pôr termo à violência política e investigar qualquer alegação do envolvimento policial e militar nos acidentes”. Actos de violência foram observados em várias províncias do país, segundo a AI, que alude a pessoas “retiradas de autocarros e agredidas em casa nas zonas rurais, aldeias e quintas”.
A oposição zimbabueana acusou os partidários do presidente Mugabe de conduzirem uma campanha de represálias contra os eleitores que não apoiaram o partido no poder, falando em cerca de 200 vítimas de intimidação ou de perseguição. O advogado do chefe da oposição, Morgan Tsvangirai, foi mesmo detido quinta-feira no escritório de Harare sob a acusação de “interferir no trabalho da polícia”.
Congratulando-se com a realização, em Lusaca, de uma cimeira extraordinária dos países da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) consagrada ao Zimbabué, a AI “apela aos dirigentes daquela organização para redobrarem os esforços diplomáticos a fim de impedir um novo agravamento da situação dos direitos humanos” naquele país.
Quem não está presente hoje nesta cimeira é o ainda presidente Robert Mugabe








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