A Igreja Católica celebra amanhã, 13 de Abril, o Dia Mundial
de Oração pelas Vocações, num momento em que, seguindo uma tendência que existe desde
2000, aumenta o número de padres (407 mil), com destaque para a América, África e
Ásia. O total da Ásia e da África representa já mais de 20% do total da Igreja,
enquanto os da Europa e os da América baixaram dos 81%, em 2000, para 78% em 2006.
As vocações ao sacerdócio e à vida consagrada estão em constante aumento nos últimos
anos na África e na Ásia, enquanto se regista uma diminuição contínua na Europa, e
em medida menor, na América e Oceânia . “As vocações ao Serviço da Igreja–missão”
é o tema da mensagem que Bento XVI escreveu para o 45º Dia Mundial de Oração pelas
Vocações. Na mensagem, o Papa afirma que “a Igreja é missionária em toda a sua
dimensão e em todos os seus membros”, pois pelos sacramentos do Baptismo e Confirmação,
“todo o cristão é chamado a testemunhar e a anunciar o espírito”, desenvolvendo a
“dimensão missionária”, mas que assume “especial ligação à missão do sacerdócio”.
Bento XVI recorda homens e mulheres que de uma forma mais expressiva dedicaram
a sua vida a Deus, “aqueles que são chamados, são escolhidos e enviados em Seu nome,
na missão de serem profetas e sacerdotes”. Entre os que dedicam a sua vida ao
serviço total a Cristo, “há um grupo particular de padres, os administradores dos
Sacramentos, em especial da Eucaristia e Reconciliação, dedicados aos doentes, aos
que sofrem, ao pobres e àqueles que atravessam tempos complicados”. O Papa enaltece
o papel que “muitos homens e mulheres assumem dedicando totalmente a sua vida a Cristo”,
professando votos de castidade, pobreza e obediência, “homens e mulheres que pertencem
a congregações de vida contemplativa ou na vida activa, prestam um papel essencial
na evangelização do mundo”. Bento XVI conclui a sua mensagem referindo-se ao papel
das famílias cristãs e das comunidades: “Para que a Igreja possa continuar a desenvolver
a sua missão e para que nunca faltem os evangelizadores que o mundo precisa, as comunidades
cristãs não devem parar de comprometer e apostar numa educação cristã dos seus filhos
e desenvolver a fé dos adultos”.