2008-04-09 13:46:38

DOM MARCHETTO: "TURISMO DEVE SER INSTRUMENTO DE DIÁLOGO"


Buenos Aires, 09 abr (RV) - Durante a Assembléia Plenária dos bispos argentinos, o secretário do Pontifício Conselho para os Migrantes e os Itinerantes, Dom Agostino Marchetto, interveio para falar sobre a pastoral das migrações, as novas escravidões, o turismo e as peregrinações.

Em seu discurso, Dom Marchetto parte da constatação de que vivemos em um mundo cada vez mais complexo. Um dos sinais do nosso tempo é a mobilidade humana, da qual o turismo é uma expressão.

"Uma nova realidade como é a do turismo contemporâneo necessita também de uma nova evangelização", afirma o arcebispo. Nova em seu ardor, em seus métodos e em sua expressão. A evangelização, portanto, tem que ser fervorosa, porque também no mundo do turismo existe uma realidade secularizante, atéia ou de indiferença. Segundo o prelado, os turistas internacionais são 900 milhões e os empregados nesta indústria, em nível mundial, são mais de 200 milhões.

Em algumas regiões turísticas, o turismo contribui para incrementar o índice de empregos e o desenvolvimento econômico, apesar de ser causa, ao mesmo tempo, de muitos problemas sociais, culturais e ecológicos. "O turismo não é sempre belo em seus reflexos", recorda Dom Marchetto, e muitas mulheres e crianças sofrem por causa do turismo. Nesta tarefa de dar um "rosto humano" a esse fenômeno, a Igreja deve orientar a formação moral e espiritual dos fiéis e turistas, apoiando também todos os esforços destinados a uma séria preparação profissional.

Dom Marchetto destaca ainda que o turismo pode ser uma ocasião privilegiada para o encontro entre as pessoas. Então, é necessário preparar psicológica e liturgicamente as comunidades, tanto de acolhida, como de origem, de forma que o encontro turístico enriqueça ambas.

O arcebispo falou ainda da internet, definindo-a como um oceano com muitos mares; alguns calmos, outros tempestuosos. Por ser um meio que tende mais à apresentação do que ao conteúdo, disse ele, temos que nos esforçar para que as páginas que publicamos reflitam nossa identidade cristã.

Dom Marchetto conclui afirmando que é necessária uma sinergia entre todas as Igrejas para que a ação pastoral tenha um único denominador: a pessoa e sua inserção na comunidade. Somente assim, o turismo poderá realizar sua missão, ou seja, ser instrumento de diálogo, de promoção da paz, de ajuda ao desenvolvimento, de conhecimento da memória de outros povos e de crescimento espiritual. (BF)







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