PAPA EXORTA BISPOS DAS ANTILHAS A REFORÇAREM IDENTIDADE CRISTÃ
Cidade do Vaticano, 07 abr (RV) - A espiritualidade cristã e a longa tradição
católica das Antilhas permitiram radicar nas populações do arquipélago centro-americano
aqueles valores fundamentais, hoje ainda mais necessários para contrastar as derivas
do materialismo e do relativismo ético que não poupam essa região. Com essas palavras,
Bento XVI recebeu em audiência esta manhã, no Vaticano, os prelados das Antilhas,
que concluíram a visita 'ad Limina', e os encorajou a darem grande atenção à formação
juvenil, tanto vocacional, nos seminários, quanto cultural, nas escolas católicas.
O
apelativo de "paraísos" naturais, vista a extraordinária beleza da paisagem terrestre
e marítima, e os nomes das dezenas e dezenas de ilhas, que evocam cenários exóticos
almejados pelo turismo do mundo inteiro, acobertam, numa leitura superficial, as chagas
sociais que ferem esse longo arco de que se estende do Caribe à Flórida, às costas
norte da América do Sul. Chagas com as quais a Igreja local das Antilhas se confronta
diariamente e que Bento XVI não ignorou em seu impacto, comumente devastador, sobre
a população local e seu território.
Problemas que, por outro lado, representam
"notáveis desafios" para os 13 episcopados que compõem a Conferência dos bispos das
Antilhas. "É de vital importância a incansável promoção das vocações, com a orientação
e a formação permanente dos sacerdotes", precisou o Santo Padre.
Reafirmando
também a importância do cuidado para com as vocações religiosas, em diminuição, o
papa exortou os bispos das Antilhas sobre outra questão muito atual: "Caros irmãos,
cada um de vocês percebe a grande responsabilidade de fazer todo o possível para apoiar
o matrimônio e a vida familiar, a fonte primária de coesão dentro da comunidade e,
portanto, de primária importância aos olhos das autoridades civis. A esse propósito,
a rede das escolas católicas na região pode exercer uma diferença substancial".
"Bons
jovens cristãos são bons cidadãos", declarou o pontífice, dizendo-se certo de "que
será feito de tudo para encorajar a especificidade dessas escolas católicas que, ao
longo das gerações, prestou um notável serviço a seu povo".
Apesar das inegáveis
dificuldades, Bento XVI quis concluir seu discurso com uma exortação à esperança:
"Sejam testemunhas audazes da luz de Cristo, que indica uma direção e uma meta às
famílias, e sejam grandes pregadores da potência do Evangelho, que deve permear o
seu modo de pensar, o seu padrão de juízo e as normas de comportamento". (RL/BF)