2008-04-04 15:27:21

Santa Sé assegura que não mudou a posição assumida pela Igreja Católica para com os Judeus a partir do Concilio Vaticano II


(4/4/2008) “Após a publicação do novo “Oremus et pro Iudaeis” para a edição do Missal Romanum de 1962, alguns sectores do mundo judaico exprimiram mal-estar por considerarem que tal texto não estaria em harmonia com as declarações e pronunciamentos oficiais da Santa Sede sobre o povo judaico e a sua fé, que marcaram o progresso nas relações de amizade entre os Hebreus e a Igreja Católica nestes quarenta anos”
Num comunicado oficial hoje divulgado, a Santa Sé assegura que “a nova formulação do Oremus, com a qual foram modificadas algumas expressões do Missal de 1962, não pretendeu, absolutamente, manifestar uma modificação na atitude que a Igreja Católica desenvolveu para com os Hebreus, sobretudo a partir da doutrina do Concílio Vaticano II, em especial na Declaração “Nostra aetate”, a qual, segundo as palavras pronunciadas pelo Papa Bento XVI, precisamente na audiência aos Rabinos Chefe de Israel, a 15 de Setembro de 2005, marcou “uma pedra miliar na via da reconciliação dos cristãos para com o povo hebraico”.
O permanecer da atitude presente na Declaração “Nostra aetate” – prossegue o comunicado da Secretaria de Estado – está patente, aliás, no facto de que o Oremus pelos Judeus, contido no Missal Romano de 1970 permanece plenamente em vigor e constitui a forma ordinária da Oração dos Católicos.

Aquele Documento Conciliar expõe, no contexto de outras afirmações – sobre as Sagradas Escrituras (Dei Verbum 14) e sobre a Igreja (Lumen gentium 16) – os princípios fundamentais que têm sustentado e continuam a sustentar ainda hoje as relações fraternas de estima, diálogo, amor, solidariedade e colaboração entre Católicos e Judeus. Foi precisamente prescrutando o mistério da Igreja que a “Nostra aetate” recorda o vínculo absolutamente particolar com que o Povo do Novo Testamento está espiritualmente ligado à estirpe de Abraão e rejeita toda e qualquer atitude de discriminação para com os judeus, repudiando com firmeza toda e qualquer forma de anti-semitismo.
A Santa Sé faz votos de que os esclarecimentos contidos neste Comunicado contribuam para clarificar os mal-entendidos e reafirma o firme desejo de que os progressos verificados na compreensão e estima recíprocas entre Hebreus e Cristãos, nestes anos, cresçam ulteriormente







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