2008-04-03 20:48:58

MISERICÓRDIA É FORÇA ATIVA E DINÂMICA NA HISTÓRIA: DESTACA CARDEAL RUINI NO I CONGRESSO MUNDIAL SOBRE A DIVINA MISERICÓRDIA


Cidade do Vaticano, 03 abr (RV) - "Somente uma atitude interior humilde nos permitirá sermos verdadeiros servidores da misericórdia de Deus, servidores da alegria no coração dos homens." É uma das passagens da conferência do arcebispo de Lyon, Cardeal Philippe Barbarin, proferida esta manhã no "Congresso Apostólico mundial da Divina Misericórdia", em andamento na Basílica romana de São João de Latrão.

Sucessivamente, o vigário do papa para a Diocese de Roma, Cardeal Camilo Ruini, ressaltou que a Igreja existe para dar testemunho de Cristo e para salvar os homens: somente a misericórdia coloca em movimento o caminho da reconciliação _ explicou ele.

Sobre o significado da misericórdia deteve-se ontem, quarta-feira, também o arcebispo de Viena, Cardeal Christoph Schönborn.

A misericórdia é necessária para fazer de modo que "toda injustiça no mundo encontre o seu termo no esplendor da verdade". Desse fundamento ético e espiritual de João Paulo II em sua última viagem à Polônia, em 2002, o Cardeal Schönborn indica o mandato para toda a Igreja: o de ser "testemunha da misericórdia".

Porém _ observou o purpurado _ essa semente pode radicar-se somente se for revigorada pela "luz da verdade". Chamar os pecados por nome _ afirmou o arcebispo de Viena _ significa reconhecer falimentos e erros: entre esses, o cardeal indicou a eutanásia, definida como um "homicídio escondido sob o manto da misericórdia". O contrário da misericórdia é separação de Deus, perda da própria humanidade.

Mas também os corações empedernidos _ ressaltou o purpurado _ podem amolecer e é possível experimentar, como o bom ladrão à direita da cruz, o Amor do Senhor. Um Amor que leva o homem à salvação.

Santa Faustina Kowalska foi uma grande apóstola da Divina Misericórdia. Através dela, o Senhor mostra um exemplo de perfeição cristã baseada na confiança em Deus e na atitude misericordiosa para com o próximo. A esse propósito, falou-nos o arcebispo de Vilnius, Cardeal Audrys Juozas Bačkis. A capital lituana é uma das cidades onde viveu Santa Faustina Kowalska. Eis então o que nos disse o purpurado:

Cardeal Audrys Juozas Bačkis:- "Tendo chegado a Vilnius descobri a Divina Misericórdia. Quando cheguei foi acolhido pela Mãe de Deus. E depois da beatificação de Irmã Faustina, descobri os traços de toda essa história ligada ao início, justamente em Vilnius, da difusão da Divina Misericórdia. Sinto o dever, um dever pastoral, de fazer algo para que essa devoção e, sobretudo, a compreensão do mistério da Divina Misericórdia, seja sempre percebida na Igreja."

Em Santa Faustina Kowalska _ recordou por sua vez o Cardeal Schönborn, em sua conferência _ João Paulo II encontrou uma "fonte inesgotável de esperança", uma resposta às indescritíveis proporções assumidas pelo mal no Séc. XX: os horrores do nazismo, os inacreditáveis sofrimentos da população polonesa durante a ocupação nazista e o sucessivo período comunista. (RL)







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