2008-04-01 20:46:12

FIDES PUBLICA RELATÓRIO SOBRE "A CRISE DA FAMÍLIA NA EUROPA"


Cidade do Vaticano, 1º abr (RV) - O lento crescimento da população européia, queda da natalidade, destruição do matrimônio, envelhecimento, despesas sociais e aborto. Esses são alguns dos capítulos do dossiê sobre "A crise da família na Europa", difundido pela agência de notícias Fides _ órgão da Congregação para a Evangelização dos Povos _ em referência a um relatório realizado pela Rede Européia do Instituto de Política Familiar sobre o período 1980-2005. Os dados relativos ao aborto são particularmente alarmantes.

A cada 25 segundos se verifica um aborto na Europa dos 27 Estados-membros, e a cada dia três escolas acabam sendo fechadas por causa da falta de crianças. A Espanha encontra-se em primeiro lugar, com um incremento de 75%, seguida da Bélgica e Holanda.

O aborto, ilegal somente em três países _ refere a Fides _ é a primeira causa de mortalidade na Europa, com estatísticas superiores ao de mortes causadas por doenças, acidentes de trânsito, álcool e droga; e isso se dá acompanhado de contradições, como ressaltou, nos microfones da Rádio Vaticano, o presidente do Movimento pela Vida, Carlo Casini. Eis o que disse:

Carlo Casini:- "Há a incoerência de uma Europa que, por um lado, não faz entrar novos países se antes não respeitam os chamados direitos do homem e, por outro, faz propaganda do aborto como direito humano fundamental, continuando a acreditar que o único modo de limitar esse genocídio é a difusão sempre mais maciça da contracepção. E as nações da Europa ocidental que têm uma mais difusa contracepção _ falo da França e do Reino Unido _ têm também um número de abortos em contínuo crescimento. A Europa vive um materialismo prático para o qual a vida que não vota, a vida que não é capaz de produzir, é algo que não conta nada."

Efetivamente, somente a Grécia, Noruega e Itália não comercializam a RU 486 (a chamada pílula do dia seguinte), escreve a Fides, que examina, paralelamente, a queda da natalidade com o conseqüente aumento de 18 milhões de pessoas anciãs, sobretudo na Itália e Espanha.

Um inverno demográfico que segundo o relatório tem razões sócio-econômicas: da idade média da maternidade européia que subiu para os 30 anos, até as escassas despesas sociais em favor das políticas familiares e a pobreza que ameaça cada vez mais. Mas na Europa dos 27 Estados-membros há no fundo uma diminuição da esperança e um desafeto à família baseada no matrimônio, com 50% de separações e o divórcio que supera a cifra de um milhão. (RL)







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