2008-03-26 20:54:13

EMBAIXADORA ESTADUNIDENSE JUNTO À SANTA SÉ: VATICANO E EUA CONTRA INSTRUMENTALIZAÇÃO POLÍTICA DA RELIGIÃO


Cidade do Vaticano, 26 mar (RV) - No dia 28 de fevereiro passado, o Santo Padre recebeu em audiência, no Vaticano, para a apresentação de suas credenciais, a Dra. Mary Ann Glendon, desde 5 de novembro de 2007 nova embaixadora dos EUA junto à Santa Sé. Trata-se de uma pessoa muito conhecida no Vaticano, pois durante muitos anos ela foi presidente da Pontifícia Academia das Ciências Sociais _ cargo para o qual foi convidada em 1994 por João Paulo II.

Originária de Pittsfield, no Massachussets, onde nasceu há 69 anos, a Dra. Glendon vive com grande expectativa a próxima etapa apostólica internacional que levará Bento XVI aos EUA, de 15 a 21 de abril próximo.

A Rádio Vaticano quis saber da nova embaixadora norte-americana junto à Santa Sé como estão os preparativos para essa viagem apostólica de Bento XVI aos EUA. Eis o que nos disse:

Dra. Mary Ann Glendon:- "A preparação da visita está, em grande parte, nas mãos da Santa Sé _ deste lado do Oceano _ do outro lado, está nas mãos da Conferência Episcopal Estadunidense. Daquilo que me foi dado saber resulta que os preparativos estão em bom ponto e a expectativa para a visita é muito grande, de ambas as partes."

P. Recordamos recentemente o quinto aniversário da invasão do Iraque, conduzida pelos EUA. O Santo Padre quis chamar a atenção para os sofrimentos dos cristãos e de outras comunidades religiosas minoritárias no país. No mês passado foi assassinado o arcebispo de Mossul dos Caldeus, Dom Paulos Faraj Rahho, e esse foi o último de uma série de ataques à comunidade cristã no país. O que os EUA estão fazendo para tutelar as minorias religiosas no Iraque? 
Dra. Mary Ann Glendon:- "Como o senhor sabe, tanto o presidente dos EUA quanto o Santo Padre fizeram declarações após o assassinato do arcebispo: declarações que vão fortemente na mesma direção, porque condenam a violência, condenam o terrorismo e, em particular, condenam a atitude de tomar a religião como pretexto para praticar atos de terrorismo. Obviamente, tanto para a Santa Sé quanto para os EUA os sofrimentos dos cristãos e das outras minorias no Iraque são uma preocupação central. Todos os dois estão comprometidos a fazer o possível: mas a situação é muito difícil quando existem elementos na sociedade determinados a minar esse compromisso comum dos EUA e da Santa Sé. Ora, após um desacordo inicial, há um compromisso comum para construir uma sociedade livre, democrática e estável, na qual as pessoas sejam tuteladas prescindindo da sua pertença religiosa. Considero que se esteja obtendo algum progresso, mas a situação permanece muito, muito difícil." (RL)







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