2008-03-17 14:50:21

Mons. Rahho tomou a sua cruz e seguiu o Senhor Jesus: Bento XVI na Missa de sufrágio pelo arcebispo iraquiano morto


(17/3/2008) Na Missa que celebrou nesta segunda-feira de manhã, na Capela “Redemptoris Mater”, do Vaticano, em sufrágio por D. Paulos Rahho, arcebispo de Mossul, no Iraque, Bento XVI dirigiu “uma palavra especial de saudação e encorajamento” aos pastores e fiéis do Iraque, exprimindo votos de que eles “saibam encontrar na fé a força para não desanimar, na difícil situação que estão vivendo”.
Na homilia, o Papa começou por evocar o contexto litúrgico desta celebração, no início da Semana Santa, dias em que revivemos os últimos momentos da vida terrena de Jesus. Bento XVI observou que foram “horas dramáticas, densas de amor e de temor, especialmente no espírito dos discípulos”. “Horas em que se tornou nítido o contraste entre a verdade e a mentira, entre a mansidão e rectidão de Cristo e a violência e o engano dos seus inimigos.
O Papa prosseguiu esta evocação do clima que rodeou a morte de Jesus, em clara alusão à situação concreta vivida pelo arcebispo iraquiano:
“Jesus experimentou o aproximar-se da morte violenta, sentiu apertar-se à sua volta a trama dos perseguidores. Experimentou a angústia e o medo, até à hora crucial do Getsemani. Mas tudo isto, Ele o viveu imerso na comunhão com o Pai e confortado pela ‘unção’ do Espírito Santo”.
Comentando a primeira leitura da Missa desta segunda-feira da Semana Santa, que evoca a figura do “Servo de Javé”, em que transparece “a mansidão e a força deste misterioso enviado de Deus, que se realizou plenamente em Cristo”, afirmou o Papa:
“Mons. Rahho tomou a sua cruz e seguiu o Senhor Jesus, e contribuiu assim para levar o direito ao seu martirizado país e ao mundo inteiro, dando testemunho à verdade. Ele foi um homem de paz e de diálogo”.
Com palavras de grande comparticipação, Bento XVI declarou-se “em profunda união com a Comunidade caldeia no Iraque e no estrangeiro”, no luto e pesar pela morte do arcebispo de Mossul:
“Chorámos a sua morte e o modo desumano com que foi levado a concluir a sua vida terrena. Mas hoje, nesta Eucaristia, queremos dar graças a Deus por todo o bem que realizou nele e por meio dele. E queremos ao mesmo tempo esperar que, do Céu, ele interceda junto do Senhor para obter aos fiéis daquela Terra tão provada a coragem de continuar a esperar num futuro melhor. Como o amado Arcebispos Paulos se dedicou sem reservas ao serviço do seu povo, assim também os seus cristãos saibam perseverar no empenho da construção de uma sociedade pacífica e solidária, na via da paz”.








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