2008-03-14 15:59:07

EVO MORALES ACEITA MEDIAÇÃO DA IGREJA NA CRISE POLÍTICA BOLIVIANA


La Paz, 14 mar (RV) - O presidente Evo Morales aceitou a mediação da Igreja e de outras instituições nacionais e internacionais para facilitar o diálogo com a oposição conservadora e encontrar uma solução para a crise política que paralisa o país.

Morales declarou: "Quero dizer às autoridades, aos governadores e aos prefeitos que o diálogo está aberto, mas deve ser transparente, sincero, com propostas concretas... Se querem a mediação de observadores internacionais, da Igreja Católica ou da Igreja Evangélica, sejam bem-vindos para discutir juntos os problemas do país".

O presidente Morales acrescentou que é preciso unir os bolivianos para buscar a igualdade social com a solidariedade, "aproveitando de modo mais eficaz os recursos econômicos que temos".

Por sua vez, a Igreja Católica da Bolívia aceitou ser "facilitadora" do diálogo. “A Igreja Católica está aberta a estudar as possibilidades que possam ser oferecidas pelas partes em conflito para facilitar um encontro", declarou o secretário-geral da Conferência Episcopal Boliviana, Dom Jesús Juarez Párraga.

Todavia, Dom Juárez Párraga esclareceu que a Igreja "não fala de mediação, mas de facilitação. E o que vai fazer é estudar e buscar a forma de também por seu grão de areia na busca da paz e da justiça".

O motivo da crise é a nova Constituição "plurinacional" sobre as autonomias regionais, que Morales quer levar a referendo.

A respeito da crise política e a poucos dias do início da Semana Santa, a Conferência Episcopal da Bolívia divulgou ontem o Documento "Para que o povo tenha vida", no qual se oferecem algumas orientações pastorais em vista do projeto de Constituição Política do Estado (CPE).

Os bispos recordam a responsabilidade de cada um "de expressar a voz sobre os temas fundamentais que interessam as pessoas e o bem comum da nossa sociedade".

Os bispos se declaram preocupados com as pressões e a violência que há muito tempo caracterizam o debate político e reiteram, mais uma vez, que "o dialogo é o único meio para alcançar um acordo, um diálogo baseado sobre a transparência e o mútuo respeito em vista do bem comum e da dignidade humana". (BF)







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