2008-03-09 14:58:15

A fé não nos tira a dor da morte: Bento XVI durante o Angelus com apelos á paz na Terra Santa e á libertação do Arcebispo de Mossul, no Iraque. O Papa convidou os jovens de Roma a participarem quinta feira dia 13 numa Liturgia Penitencial que ele próprio presidirá na Basílica de São Pedro


(9/3/2008) A fé diz-nos que a morte do corpo é um sono do qual Deus nos pode despertar em qualquer momento, mas a fé não nos tira a dor pela morte dos nossos queridos. Esta senhoria sobre a morte não impediu que Jesus provasse compaixão sincera pela dor da separação quando se encontrou diante do sepulcro do seu amigo Lázaro, recordou Bento XVI falando aos cerca de 40 mil fiéis congregados ao meio dia na Praça de São Pedro para a recitação do Angelus.
Vendo que choravam Marta e Maria, e todos aqueles que tinham vindo para as consolar – sublinhou o Papa – também Jesus se comoveu profundamente, se perturbou e , finalmente chorou.
Este episodio – explicou o Santo Padre – mostra-nos Jesus verdadeiro homem e verdadeiro Deus, isto é, revela-nos que o coração de Cristo é divino - humano; n’Ele, Deus e homem encontraram-se perfeitamente, sem separação e sem confusão.
De facto, para a fé cristã, Jesus é a imagem, ou melhor a incarnação do Deus que é amor, misericórdia, ternura paterna e materna, do Deus que é vida.
Juntamente com a dor provada por Jesus, o Evangelho descreve um poder absoluto em relação a esta morte.
Depois da recitação do Angelus Bento XVI renovou o seu apelo a favor da libertação do arcebispo de Mossul, no Iraque, que desde há 10 dia se encontra nas mãos dos seus raptores. O Papa fez este apelo depois de ter pedido paz para a Terra Santa.
“Nos dias passados, a violência e o horror ensanguentaram de novo a Terra Santa, alimentando uma espiral de destruição e de morte que parece não ter fim. Enquanto vos convido a pedir com insistência ao Senhor Omnipotente o dom da paz para aquela região, desejo confiar á Sua misericórdia as tantas vitimas inocentes e manifestar solidariedade ás famílias e aos feridos.
Além disso encorajo as Autoridades israelitas e palestinianas n seu propósito de continuar a construir, através da negociação, um futuro pacifico e justo para os seus povos e a todos peço, em nome de Deus, que deixem os caminhos tortuosos do ódio e da vingança, e percorram responsavelmente caminhos de diálogo e de confiança.
Estes são também os meus votos para o Iraque, enquanto trepidamos ainda pela sorte de Sua Excelência D. Rahho e de tantos iraquianos que continuam a sofrer uma violência cega e absurda, certamente contrária aos desejos de Deus.

O Papa recordou depois que na próxima quinta feira dia 13 presidirá na Basílica de São Pedro uma Liturgia penitencial para os jovens da Diocese de Roma. Será um momento forte de preparação para o XXIII Dia Mundial da Juventude que será celebrado no Domingo de Ramos e que culminará em Julho próximo com o grande encontro de Sydney.
Bento XVI convidou todos os jovens de Roma a participarem na celebração de quinta feira próxima, um encontro com a misericórdia de Deus. Aos sacerdotes e aos responsáveis o Papa recomendou que favoreçam a participação dos jovens fazendo próprias as palavras do Apóstolo Paulo: “embaixadores de Cristo…suplicamo-vos: reconciliai-vos com Deus ( 2 Cor 5,20 ).

Não faltou neste Domingo uma saudação em língua portuguesa
Saúdo os peregrinos de língua portuguesa, nomeadamente o grupo de brasileiros presentes em Roma, a todos desejando frutuosa caminhada quaresmal que vivifique e robusteça sua confiança em Cristo, único Salvador do mundo. Sobre vós e vossas comunidades de origem e destino, a minha Bênção. 







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