IGREJA DOMINICANA REBATE CRÍTICAS E AFIRMA QUE PAÍS NÃO É RACISTA
Santo Domingo, 07 mar (RV) - A Igreja dominicana qualificou ontem como uma
mentira "vulgar" as denúncias feitas por ONGs e organismos internacionais, que acusam
o país de praticar o racismo e a discriminação contra os imigrantes haitianos.
O
presidente da Conferência Episcopal Dominicana, Dom Ramón Benito de la Rosa y Carpio,
disse à imprensa que esses organismos manipulam dados com o único propósito de prejudicar
o país.
Ele indicou que as denúncias contra a República Dominicana, que definiu
como "injustas", têm por fim desviar a atenção daqueles que são os reais problemas
que afetam o Haiti. "Nenhum outro país, como a República Dominicana, deu tanta atenção
aos problemas haitianos", exclamou de la Rosa y Carpio.
O prelado se queixou
que as ONGs, quando fazem essas denúncias, não informam os recursos que o Estado dominicano
destina para o atendimento sanitário aos imigrantes sem documentos e a mulheres grávidas,
que cruzam a fronteira para dar à luz no país.
De la Rosa y Carpio disse também
que as ruas das principais cidades dominicanas estão "repletas" de mulheres, crianças
e homens de nacionalidade haitiana que pedem esmolas.
Em outubro passado, dois
relatores especiais das Nações Unidas visitaram a Rep. Dominicana e garantiram que
no país existe uma atitude racista "profundamente arraigada" contra determinados grupos,
entre eles os haitianos, seus descendentes e os negros.
Na República Dominicana
residem milhares de haitianos, em sua maioria em situação irregular. (BF)