2008-03-07 20:47:29

BENTO XVI RESSALTA QUE MISERICÓRDIA DE DEUS É INFINITAMENTE MAIOR QUE TODAS AS NOSSAS CULPAS


Cidade do Vaticano, 07 mar (RV) - "É necessário que entre a prática do sacramento da Confissão e uma vida voltada a seguir Cristo sinceramente, se instaure uma espécie de 'círculo virtuoso' irrefreável, no qual a graça do Sacramento mantenha e alimente o compromisso de ser fiéis discípulos do Senhor." Foi o que disse o papa esta manhã, na Sala das Bênçãos, no Vaticano, aos participantes do curso anual da Penitenciaria Apostólica, ressaltando que a vida cristã deve tender sempre à conversão.

Mesmo sendo animado pelo desejo de seguir Jesus, se a confissão não for regular "se corre o risco, pouco a pouco, de diminuir o ritmo espiritual" até enfraquecê-lo sempre mais e, talvez, até mesmo estagná-lo, acrescentou.

"A Quaresma é um tempo muito precioso para meditar sobre a realidade do pecado à luz da infinita misericórdia de Deus, que o sacramento da Penitência manifesta na sua forma mais sublime", afirmou o pontífice.

"Hoje é necessário fazer quem se confessa experimentar aquela ternura divina para com os pecadores arrependidos, que tantos episódios evangélicos mostram com acenos de intensa comoção."

Após ter recordado o capítulo do Evangelho de Lucas que apresenta a pecadora perdoada, o Santo Padre ressaltou a eloqüência da mensagem que transparece naquele trecho evangélico: "A quem muito ama, Deus tudo perdoa".

"Quem confia em si mesmo e em seus próprios méritos acaba como cego pelo seu próprio eu e o seu coração se endurece no pecado. Quem, ao invés, se reconhece frágil e pecador, se confia a Deus e d'Ele obtém graça e perdão."

O papa afirmou que aquilo que conta é fazer compreender que "no sacramento da Reconciliação qualquer pecado que tenha sido cometido, seja ele qual for, se este for reconhecido com humildade e com confiança no sacerdote confessor, se experimenta sempre a alegria pacificadora do perdão de Deus".

Em seguida, o Santo Padre acrescentou: "Quando se insiste somente na acusação dos pecados se corre o risco de relegar ao segundo lugar aquilo que nele é central, ou seja, o encontro pessoal com Deus, Pai de bondade e misericórdia".

Bento XVI concluiu dizendo que no coração da celebração sacramental não está somente o pecado, mas a misericórdia de Deus, que é infinitamente maior do que toda nossa culpa. (RL/BF)







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