BRASIL CRIA BANCO DE LEITE MATERNO PARA MULHERES SOROPOSITIVAS AFRICANAS
Cidade do Vaticano, 03 mar (RV) - A infância africana encontrou um salva-vidas
para não sucumbir a uma doença silenciosa. Em combate à disseminação do vírus da Aids
aos recém-nascidos, o Comitê brasileiro de luta contra a doença criou um banco de
leite materno destinado às mães soropositivas de Cabo Verde.
A iniciativa
faz parte de um programa de colaboração com a África que já envia medicamentos e oferece
assistência especializada às gestantes infectadas. Uma soma de instrumentos de prevenção
para que, em 2010, todas as mulheres grávidas de Cabo Verde consigam diagnosticar
a doença e ainda seguir os cuidados indicados.
O problema também afeta o Quênia.
Em outubro de 2006, 64 mil mulheres tiveram resultado positivo ao teste de pesquisa
de anticorpos do anti-vírus do HIV. Uma difusão que chega aos 7,7 por cento entre
as mulheres e que atinge diretamente os filhos. Pesquisas do Conselho Nacional de
Controle indicam que a taxa de difusão do HIV e Aids diminuiu 6,1 por cento no país,
mas que 39 mil crianças, hoje, precisam de remédios para controlar a doença, sem falar
nos mais de um milhão de órfãos em conseqüência da epidemia.
A nação africana
é a mais atingida, principalmente pela pobreza que assola o país, que é um dos fatores
predominantes para disseminação da doença. A ONU alerta que, a cada minuto, uma criança
menor de 15 anos morre de Aids e que o número de órfãos pode aumentar para 18 milhões
em 2010, com um crescimento de 10 por cento ao ano. O impacto social e econômico
das nações atingidas poderá ser tão grande quanto as conseqüências do superaquecimento
do clima. A situação alarmante é sempre foco de debate em conferências organizadas
por instituições não-governamentais em todo o mundo. (AC)