2008-03-02 13:04:32

O homem não procure a própria segurança nas ideologias, foi o convite do Papa antes da recitação do Angelus, com apelos: a favor da libertação do Arcebispo de Mossul dos Caldeus, no Iraque;que cesse a espiral de violência na Terra Santa, sem condições; e um grito a favor da infância.


(2/3/2008) Três apelos caracterizaram este Domingo o encontro do Papa com os milhares de fieis e peregrinos congregados na Praça de São Pedro para a recitação do Angelus do meio dia.
O primeiro foi o pedido de libertação do arcebispo de Mossul dos Caldeus, raptado no Iraque sexta feira; o segundo para que cesse a violência na Terra Santa; o terceiro foi um grito a favor da infância.
“Com profunda tristeza sigo a dramática vicissitude do rapto de D. Paulos Faraj Rahho arcebispo de Mossul dos Caldeus, no Iraque. Uno-me ao apelo do Patriarca, o Cardeal Emmanuel III Delly, e dos seus colaboradores, para que o querido Prelado, aliás em condições de saúde precárias, seja rapidamente libertado. Ao mesmo tempo elevo a minha oração de sufrágio pelas almas dos três jovens mortos que no momento do rapto se encontravam com ele,. Além disso manifesto a minha proximidade á Igreja inteira no Iraque e em particular á Igreja caldeia, uma vez mais duramente atingida, enquanto encorajo os Pastores e todos os fiéis a serem fortes e sólidos na esperança.
Multipliquem-se os esforços de todos aqueles que têm responsabilidades na condução do povo iraquiano, para que graças ao empenho e sabedoria de todos, encontre de novo paz e segurança e não lhe seja negado o futuro a que tem direito.
O segundo apelo do Papa foi a propósito da tensão entre Israel e a Faixa de Gaza que nestes últimos dias atingiu níveis bastante graves.
“Renovo o meu premente convite ás Autoridades, tanto israelitas como palestinianas, para que pare esta espiral de violência ,unilateralmente, sem condições: somente mostrando um respeito absoluto pela vida humana, mesmo que fosse aquela do inimigo, se poderá esperar dar um futuro de paz e de convivência ás jovens gerações daqueles povos que, ambos, têm as suas raízes na Terra Santa. Convido a Igreja inteira a elevar súplicas ao Omnipotente pela paz na terra de Jesus e a mostrar solidariedade atenta e concreta a ambas as populações, israelita e palestiniana.
Finalmente o Papa lançou um grito a favor da infância, recordando antes de mais o facto de esta semana a crónica italiana ter ficado chocada com o fim triste de duas crianças italianas. ( o caso de Francisco e Salvador Pappalardi, que foram encontrados mortos em Gravina na Apúlia (Italia Meridional ) dois anos depois do seu desaparecimento .
Bento XVI aproveitou esta ocasião para lançar um grito a favor da infância: ”cuidemos dos pequeninos! É preciso amá-los e ajudá-los a crescer. Digo-o aos pais e também ás instituições.
Lançando este apelo o meu pensamento vai á infância de todas as partes do mundo, particularmente àquela mais indefesa, explorada e abusada. Confio cada uma das crianças ao coração de Cristo que disse:”Deixai vir a mim os pequeninos” (Lc 18, 16).

Antes da recitação do Angelus, o Papa salientara que nestes domingos de Quaresma a liturgia, através dos textos do Evangelho de João, faz-nos percorrer um autentico itinerário baptismal: Domingo passado Jesus prometeu á Samaritana o dom da “água viva”; hoje, curando o cego de nascença revela-se como “a luz do mundo”: no próximo domingo, ressuscitando o amigo Lázaro, apresentar-se-á como “a ressurreição e a vida”. Água, luz, vida: são símbolos do Baptismo, sacramento que imerge os crentes no mistério da morte e ressurreição de Cristo, libertando-os da escravidão do pecado e dando-lhes a vida eterna.
“Curando o cego de nascença, Jesus revela que veio ao mundo para efectuar um juízo, para separar os cegos curáveis daqueles que não se deixam curar, porque presumem que são sãos. De facto é forte no mundo a tentação de construir-se um sistema de segurança ideológico: também a própria religião pode tornar-se elemento deste sistema , assim como o ateísmo, o laicismo, mas fazendo assim fica-se num estado de cegueira causada pelo próprio egoísmo .
A concluir Bento XVI convidou a deixar-se curar por Jesus, que pode e quer dar-nos a luz de Deus!
Confessemos as nossas cegueiras, as nossas miopias e sobretudo aquele que a Bíblia chama “o grande pecado”: o orgulho. Que nos ajude Maria Santíssima, que gerando Cristo na carne, deu ao mundo a luz verdadeira.








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