2008-02-28 15:52:12

Relatório sugere maior envolvimento da UE no Iraque, no processo de democratização e na assistencia directa


(28/2/2008) A União Europeia (UE) tem "interesse político directo" no processo de democratização do Iraque. Mais, os "iraquianos querem ter os europeus a assisti-los nos problemas mais prementes" que herdaram do regime de Sadam Hussein. A declaração é da deputada europeia Ana Gomes, a autora de um relatório sobre a relação da UE com aquele país, que o Parlamento Europeu vai votar em Março.
O documento recomenda que os países da UE se envolvam "mais activamente" e sejam "mais vigilantes" na assistência ao Iraque.
A deputada esteve no país duas vezes recentemente e constatou que "não há falta de dinheiro no Iraque" resultado do rendimento dos poços de petróleo, uma das poucas indústrias a funcionar, tendo o país necessidade de importar tudo o que consome.
O texto nota que a UE "não foi bem sucedida na melhoria palpável da situação no terreno", embora não tenha sido o único doador cujas contribuições para a reconstrução iraquiana, produziram resultados "magros e decepcionantes".
O relatório parlamentar defende que parte dos fundos europeus - actualmente aplicados por agências das Nações Unidas no terreno - deveriam ser aplicados em projectos financiados directamente pela UE, embora tal implique "ter gente no terreno para fiscalizar a concretização dos projectos e dar mais mobilidade à delegação da Comissão Europeia em Bagdad", diz Ana Gomes. Entre as áreas-chave do investimento europeu, o relatório aponta o reforço do estado de direito, a promoção dos direitos humanos e dos direitos da mulher.
Segundo o texto, o Iraque tem mais de dois milhões de refugiados, a maior parte deles, na Jordânia e na Síria. A diplomata diz que os países que "apoiaram a guerra têm particular responsabilidade em apoiar o asilo" dos deslocados iraquianos, na sua integração.








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