Família, bem indispensável para a Igreja e a sociedade e factor indispensável para
a construção da paz, salientou o Papa falando aos bispos de El Salvador. Bento XVI
enfrentou os temas da defesa da família, da luta contra a pobreza e da formação das
novas gerações
(28/2/2008) Bento XVI recebeu nesta quinta feira em audiência os bispos da Republica
de El Salvador que nestes dias efectuam a sua visita ad limina apostolorum. No
seu discurso o Papa referiu-se antes de mais a alguns problemas que afectam a sociedade
salvadorenha . A pobreza que obriga muitas pessoas a emigrar á procura de melhores
condições de vida, facto que provoca consequências negativas para a estabilidade
do matrimónio e da família. Bento XVI fez referencia á carta pastoral dos bispos
de El Salvador, dedicada em 2005 ao problema da violência, considerado um dos mais
graves da nação. Na carta os bispos reconhecem que esta violência é consequência imediata
de outras chagas sociais mais profundas: a pobreza, a falta de educação, a perda progressiva
daqueles valores que forjaram desde sempre a alma salvadorenha e a desagregação familiar.
Os bispos sentem de facto a necessidade de revitalizar e fortalecer em todas as dioceses
de El Salvador uma adequada e eficaz pastoral familiar, que ofereça aos jovens uma
sólida formação espiritual e afectiva que os ajude a descobrir a beleza do plano de
Deus sobre o amor humano e lhes permita viver com coerência os valores autênticos
do matrimónio e da família. O Papa salientou a necessidade de impulsionar um ambicioso
e audaz esforço de evangelização nas comunidades diocesanas de El Salvador, orientado
a facilitar em todos os fiéis o encontro intimo com Cristo vivo que está na base
e origem do ser cristão. “È necessário ajudar os fiéis leigos a descobrir cada
vez mais a riqueza espiritual do seu baptismo, com o qual são chamados á plenitude
da vida cristã e á perfeição do amor, e que iluminará o seu compromisso de dar testemunho
de Cristo no meio da sociedade humana. Para realizar esta altíssima vocação, Bento
XVI salientou a necessidade de estarem bem enraizados numa vida intensa de oração,
na escuta assídua da Palavra de Deus e na participação frequente nos sacramentos,
adquirindo um forte sentido de pertença eclesial e uma sólida formação doutrinal especialmente
no que diz respeito á doutrina social da Igreja, onde encontrarão critérios e orientações
claras para poderem iluminar como cristãos a sociedade onde vivem. A concluir o
Santo Padre convidou os bispos de El Salvador a serem promotores e modelos de comunhão
com o próprio presbitério, salientando a este propósito que o amor e a fidelidade
do sacerdote á sua vocação será a melhor e mais eficaz pastoral vocacional, assim
como exemplo e estimulo para os seminaristas .