2008-02-22 20:38:29

CARD. BERTONE AUSPICIA QUE IGREJA CUBANA POSSA DESEMPENHAR SUA MISSÃO COM NECESSÁRIA LIBERDADE


Havana, 22 fev (RV) - "O anúncio do Evangelho de Cristo continua encontrando em Cuba corações bem dispostos a acolhê-lo", embora, "por vezes, algumas comunidades cristãs se sintam oprimidas pelas dificuldades, pela escassez de recursos e pela indiferença". São as palavras da mensagem de Bento XVI ao povo e aos católicos cubanos que mais impressionaram e chamaram a atenção após a sua difusão ontem, quinta-feira, primeiro dia da visita do cardeal-secretário de Estado, Tarcisio Bertone, que se faz portador da mensagem do papa.

"Saibam que vocês podem contar com a solidariedade do papa e com a fraterna oração e colaboração de outras Igrejas particulares espalhadas no mundo inteiro", acrescenta o Santo Padre. Como fez João Paulo II durante a sua visita, dez anos atrás, também Bento XVI ressalta a "grande importância" da "missão que a Igreja em Cuba desempenha em favor dos mais necessitados, com obras concretas de serviço e de atenção aos homens e às mulheres de todas as condições, que merecem não somente ser auxiliados em suas necessidades materiais, mas também acolhidos com afeto e compreensão".

Por sua vez, o Cardeal Bertone, falando ontem aos bispos, auspiciou que a celebração do aniversário da visita de João Paulo II contribua a dar um novo impulso às relações entre o Estado e a Igreja católica em Cuba, a fim de que, num espírito de respeito e de entendimento recíproco, a Igreja possa cumprir completamente a sua missão, estritamente pastoral e a serviço dos fiéis, com a necessária liberdade.

Em seu discurso aos seminaristas cubanos, o Cardeal Bertone quis entrelaçar as esperanças e os ensinamentos sobre os sacerdotes, dos quais falou João Paulo II dez anos atrás, e os de hoje, reiteradas vezes expressos por Bento XVI.

Recordando a visita de João Paulo II, o purpurado ressaltou: "A minha presença no meio de vocês tem como finalidade comemorar esse importante aniversário. Nesta circunstância, podemos recordar as palavras que o papa dirigiu aos seminaristas na catedral metropolitana de Havana, naquele 25 de janeiro de 1998, quando os encorajou a se comprometerem com uma sólida formação humana e cristã, na qual a vida espiritual ocupe um lugar preferencial".

Após ter encontrado os seminaristas, o cardeal-secretário de Estado presidiu a Eucaristia no patamar da catedral de Havana. Junto aos milhares de fiéis, encontravam-se presentes importantes autoridades do Estado (ministros e o presidente do Parlamento, Ricardo Alarcón).

"Com a proclamação do Evangelho, a Igreja deu uma grande contribuição a este continente, e, em particular, a Cuba, encorajando o respeito pela vida humana, tutelando o valor da família e do matrimônio, defendendo a liberdade de consciência, a liberdade religiosa e a dignidade da pessoa humana", disse o purpurado na homilia.

Ainda hoje, o cardeal celebrou a missa no mosteiro das carmelitas e, depois, um encontro, no Carmelo, com a presidência da Conferência cubana dos religiosos e com os religiosos de Havana. (RL/BF)







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