2008-02-21 13:34:05

Recebendo novo Embaixador da Sérvia, Papa pede "prudência e moderação" no que diz respeito à "actual crise no Kosovo"


(21/2/2008) “Paz, prosperidade, reconciliação e coexistência pacífica em toda a região” dos Balcãs – são os votos expressos por Bento XVI, ao receber, nesta quinta-feira o novo Embaixador da República Sérvia, Vladeta Jankovic, para a apresentação das Cartas Credenciais.

“Para contribuir para um futuro mais seguro, é vital recordar que a identidade e a rica tradição cultural da vossa nação, como de todas as nações europeias está profundamente enraizada na herança da fé cristã e no Evangelho do amor” - observou o Papa.

“Os discípulos de Cristo estão chamados a oferecerem esse serviço de amor a todos os seus irmãos e irmãs sem distinção: só assim se poderão vir a diluir as tensões existentes de tão longa data. Só quando se decide viver segundo os valores propostos pelas nossas raízes cristãs é que descobrimos a coragem de perdoar e de aceitar o perdão, de nos reconciliarmos com os nossos vizinhos e de construir conjuntamente uma civilização de amor em que todos sejam aceites e respeitados”.

“A Santa Sé partilha convosco o sincero desejo de que a paz que tem vindo a ser alcançada (depois dos “tristes acontecimentos da última década”) traga à região estabilidade duradoura . Em especial, no que diz respeito à actual crise no Kosovo, dirijo um apelo a todas as partes interessadas para que actuem com prudência e moderação, procurando soluções que favoreçam o respeito mútuo e a reconciliação”.

Aludindo às divisões seculares entre os cristãos – uma das formas de contraposição historicamente existentes entre os povos da Europa, Bento XVI congratulou-se com os progressos que se vêm verificando entre Cristãos Ortodoxos e Católicos. “A posição geográfica da Sérvia, na fronteira entre a Cristandade Oriental e Ocidental – observou – oferece-lhe uma oportunidade única para promover o diálogo ecuménico, ao mesmo tempo que a sua familiaridade com o Islão, devido à relação com o Império Otomano e através da presença de muitos Muçulmanos na região ainda hoje, abre ricas possibilidades de favorecer o diálogo inter-religioso”. Tudo isso poderá contribuir “para a construir a paz e a harmonia no interior das nações e entre elas” – concluiu o Papa.








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