Publicado documento onde se pede maior atenção das paróquias aos sem-abrigo
(20/2/2008) Foi publicado esta semana um documento onde se pede às paróquias e aos
outros grupos da Igreja que acolham os sem-abrigo. Numa sociedade que lê as relações
sociais em função de pressupostos economicistas, refere o Conselho Pontifício para
a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes (CPPMI), é importante destacar que os sem-abrigo
têm uma “singularidade irrepetível”. O documento agora apresentado condensa as
conclusões do Encontro Internacional promovido em Novembro do ano passado, pelo CPPMI.
Ali se apresenta um plano de acção, com recomendações para a Igreja e a sociedade.
“A comunidade local, a Igreja, o Povo de Deus são chamados a acreditar no futuro
das pessoas, mesmo que não tenham um tecto”, aponta. O CPPMI frisa que “os pobres
fazem parte da comunidade eclesial e, como tal, devem ser acolhidos ao lado das famílias
em dificuldade”. Em particular, é pedido aos sacerdotes e directores espirituais que
estejam ao lado dos sem-abrigo “sobretudo nas situações críticas da sua vida e em
ocasiões de luto”. Mais de mil milhões de seres humanos não têm um tecto para
se abrigarem, 3 milhões dos quais na Europa Ocidental. “Cada um deles tem a sua história
e é preciso ouvi-la”, refere o documento do CPPMI, que apela a uma mudança na percepção
que os sem-abrigo têm de si próprios. A Santa Sé espera que a estas pessoas seja
proporcionada a oportunidade de “participar na vida social e eclesial, na medida do
possível”, tendo em conta as suas “experiências, convicções, culturas e necessidades”. (Texto
integral em Documentos do Vaticano)