Cidade do Vaticano, 18 fev (RV) - Bento XVI rezou, ontem, ao meio-dia, a oração
dominical do Ângelus, com milhares de fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro.
Em sua alocução, que precedeu a oração mariana, o Papa fez um premente apelo pelo
Líbano, que demonstra sua constante preocupação pelo clima de tensão naquele país:
“Há quase três meses, _ disse o Papa _ o país não consegue escolher um chefe de Estado.
A crise e o apoio – oferecido por numerosos expoentes importantes da Comunidade Internacional,
embora não tenha produzido nenhum resultado – demonstram a intenção de dar um Presidente
ideal para todos os libaneses e pôr assim as bases para se superar as divisões existentes”.
Porém,
disse o Papa, infelizmente, não faltam motivos de preocupação, sobretudo por causa
de certa violência verbal e também dos que lançam mão até de armas e da eliminação
física dos adversários. Por isso, o Santo Padre insistiu:
“Junto com o
Patriarca maronita e com todos os Bispos libaneses, peço-lhes que se unam à minha
súplica a Nossa Senhora do Líbano, a fim de que possa encorajar os cidadãos desta
querida nação, em particular, os políticos, a trabalharem, com tenacidade, em prol
da reconciliação, de um diálogo realmente sincero, da pacífica convivência e do bem
de uma pátria, profundamente sentida como lugar comum”.
Depois
deste premente apelo pelo Líbano, o Santo Padre meditou, em sua alocução dominical,
sobre a celebração litúrgica do II Domingo de Quaresma: a Transfiguração de Jesus,
continuando, assim, a falar do caminho penitencial, deste período litúrgico:
“A montanha – o Tabor como o monte Sinai – é lugar de aproximação com Deus. É o espaço
elevado, em relação à existência cotidiana, onde se respira o ar puro da criação;
a montanha é lugar de oração na presença do Senhor. Assim, a Transfiguração é um acontecimento
de oração, é uma antecipação da ressurreição”.
Desta forma, disse o Pontífice,
Jesus manifesta a sua glória aos seus Apóstolos, para enfrentarem as dificuldades
da vida. Aqui, o Papa apresentou a figura de Maria, criatura humana transfigurada,
interiormente, pela graça divina.
Ao término da sua alocução dominical, o Bispo
de Roma cumprimentou os milhares de féis, presentes na Praça São Pedro, em várias
línguas. Falando em italiano, dirigiu seu pensamento aos familiares das pessoas desaparecidas,
em 4 de janeiro passado, na Venezuela, prometendo a todos suas orações e solidariedade
espiritual. (MT-SP)