2008-02-15 20:27:29

OBSERVADOR VATICANO EXORTA A MUDAR ESTILO DE VIDA PARA FAVORECER DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL


Nova York, 15 fev (RV) - Dos comportamentos individuais às escolhas das indústrias, é preciso favorecer a consolidação de uma mentalidade respeitosa do ambiente: foi o convite dirigido pelo observador permanente da Santa Sé na ONU, Dom Celestino Migliore, na 62ª sessão da assembléia geral das Nações Unidas, que se reuniu nesses dias, na sede do organismo, em Nova York, sobre o tema das mudanças climáticas. O arcebispo reiterou a urgência de políticas nacionais e globais que favoreçam o uso de tecnologias 'eco-compatíveis'.

"Os indivíduos e as sociedades devem começar a mudar os seus estilos de vida se quiserem realmente promover um desenvolvimento sustentáve", afirmou o prelado, que falando às Nações Unidas encorajou a comunidade internacional a adotar estratégias e políticas eficazes para reduzir a poluição.

Dom Migliore reiterou que o cuidado com o ambiente é uma responsabilidade da qual ninguém pode fugir. Portanto, o prelado fez votos de que se alcancem os objetivos estabelecidos na recente Conferência internacional de Bali, na Indonésia, sobre mudança climática.

O observador vaticano recordou os muitos apelos de Bento XVI em favor da salvaguarda da Criação e reiterou a importância das iniciativas, mesmo pequenas, voltadas a uma mudança de mentalidade e de estilos de vida.

Por sua vez, acrescentou, a Santa Sé tem adotado algumas medidas nesse sentido, como a redução das emissões de dióxido de carbono, no Vaticano, e a utilização de painéis solares, bem como com o apoio a um projeto de reflorestamento, na Hungria.

Todo indivíduo deve assumir a sua parte de responsabilidade para dar vida a um desenvolvimento equilibrado, exortou ele. Esse é o espírito necessário para enfrentar os desafios hodiernos que inter-relacionam a preservação do ambiente e o desenvolvimento econômico.

O uso de "tecnologias limpas" é um componente importante do desenvolvimento sustentável, acrescentou Dom Migliore. Os Estados desenvolvidos devem partilhar essas tecnologias com os países em desenvolvimento, a fim de que não se repitam os erros do passado.

O prelado prosseguiu afirmando que mudança do clima, em particular, é um desafio a ser enfrentado em vários níveis, individual, local, como também nacional e global. Os mercados devem encorajar a "economia ecológica", uma economia respeitosa do ambiente, que não favoreça a produção de bens que causam degradação ambiental. "Por sua vez, os consumidores devem saber que seus comportamentos têm um impacto direto nas condições do ambiente no qual vivem", concluiu Dom Migliore. (RL/BF)







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