2008-02-14 19:36:16

CARDEAL VANHOYE MEDITA SOBRE SACRIFÍCIO DE CRISTO


Cidade do Vaticano, 14 fev (RV) - O sacrifício de Cristo e o papel do Espírito Santo no mistério pascal: foram os temas das meditações propostas esta manhã, pelo Cardeal Albert Vanhoye, no quinto dia dos exercícios espirituais da Quaresma, no Vaticano, na presença do papa e da Cúria Romana.

Os exercícios, iniciados domingo passado na Capela Redemptoris Mater da residência apostólica, se encerrarão neste sábado, dia 16.

Se na linguagem corrente a palavra "sacrifício" assume um valor, sobretudo, negativo, no sentido religioso tem, ao invés, um significado muito positivo _ observou o purpurado.
"De fato, sacrificar não significa privar, significa tornar sagrado, como santificar significa tornar santo, simplificar significa tornar simples. Portanto, o sacrifício é um ato muito positivo e fecundo que valoriza imensamente uma oferta."

De fato, o sacrifício de Cristo compreende todo o mistério pascal, ou seja, a morte e a glorificação. "Sem a glorificação seria incompleto, não teria fundado a Nova Aliança porque Cristo não teria alcançado Deus e não teria feito a ligação entre a nossa miséria e a santidade de Deus."

O purpurado francês recordou que no Antigo Testamento, a finalidade do sacrifício era mudar a disposição de Deus, obter os Seus favores, em troca dos dons oferecidos. Diversamente se dá no sacrifício cristão, como explica a Carta aos Hebreus. "O autor, ao invés, diz que a finalidade do sacrifício é mudar a disposição do homem, não as disposições de Deus. A sua finalidade é a de tornar o oferecedor perfeito na consciência, de dar um coração purificado e dócil a Deus."

Uma aspiração religiosa não basta, porém, para mudar a consciência de um pecador. "É necessária uma mediação eficaz. O pecador deve ser ajudado por um mediador que não seja ele mesmo um pecador e que lhe abra o caminho do contato, da comunhão com Deus, esse é o problema da Aliança."

Na segunda meditação, o Cardeal Vanhoye aprofundou o papel do Espírito Santo na oblação de Cristo, que abre o caminho rumo a Deus. "Jesus, ao invés, foi vítima digna e sacerdote capaz. Vítima digna porque tinha uma perfeita integridade moral e religiosa, era sem mancha, como disse o autor, era santo, inocente, era o imaculado. Foi sacerdote capaz na medida em que era cheio do Espírito Santo."

"Quando celebramos a Eucaristia e comungamos, recebemos em nós este intenso dinamismo de amor, capaz de transformar todos os ventos por ocasião da vitória do amor." (RL/AF)







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