2008-02-13 13:02:47

Bispos da UE pedem que a Europa acolha refugiados cristãos iraquianos


(13/2/2008) Uma delegação da Comissão dos episcopados católicos da União Europeia (COMECE) encontra-se em Bruxelas, para reuniões com alguns representantes da Comissão e do Parlamento europeus, a fim de debater a situação dos refugiados cristãos iraquianos.
Hoje, dia 13, a COMECE organiza uma conferência de imprensa, na qual participarão, entre outros, D. François Yakan, vigário do Patriarcado Caldeu na Turquia, e a Ir. Marie-Claude Naddaf, superiora da comunidade das Irmãs do Bom Pastor, em Damasco (Síria).
A religiosa, com a ajuda de outras duas irmãs, ocupa-se de cerca de 1500 refugiados iraquianos cristãos e de outras pessoas marginalizadas.
No início do ano, a COMECE interpelou a presidência eslovena da União em relação à situação dos refugiados no Iraque.
Numa carta enviada a Dragutin Mate, ministro esloveno da administração interna, a COMECE manifestou a sua preocupação com o destino de 4,4 milhões de iraquianos que abandonaram o seu país. Segundo o Alto Comissariado da ONU para os refugiados, estamos na presença da maior catástrofe humana no Médio Oriente desde 1948.
Os Bispos da UE lembram que os refugiados em situação mais vulnerável são os não-muçulmanos, que procuram apoio em países maioritariamente muçulmanos como a Síria, Jordânia, Líbano ou Turquia.
Para a COMECE, estamos na presença de uma situação desumana, que aumenta o risco de “imigração clandestina”. Propõe-se, por isso, que a UE aceite “um contingente de 60 mil refugiados, provenientes das minorias não-muçulmanas do Iraque”.
D. Adrianus Van Luyn pediu que os governos dos Estados vizinhos do Iraque seja apoiados política e materialmente no seu esforço de acolhimento do fluxo de refugiados.
Em Novembro do ano passado, a COMECE lançara um apelo em favor dos refugiados iraquianos, que vivem numa "situação desesperada", em especial os cristãos.
Sunitas e xiitas procuram, nas áreas que controlam, expulsar os cristãos. Mais de metade dos 1,2 milhões de cristãos presentes no país em 2003 fugiram do Iraque, número que aumenta de forma ainda mais significativa na capital, Bagdad.








All the contents on this site are copyrighted ©.