O Verbo eterno e o silêncio de Deus: Catequese do Cardeal-Patriarca de Lisboa no 1.º
Domingo da Quaresma
(11/2/2008) O Santo Padre Bento XVI convocou o Sínodo dos Bispos e propôs-lhe como
tema aprofundar o mistério da Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja. As catequeses
desta Quaresma situam-se nesse âmbito: elas representam o meu contributo pessoal para
essa meditação de aprofundamento na Igreja de Lisboa. A expressão “Palavra de
Deus”, no seu uso corrente corre o risco de se banalizar. Refere-se, quase exclusivamente,
ao texto escrito da Sagrada Escritura, rezada na oração oficial da Igreja, proclamada
na Liturgia, lida pessoalmente e em grupo. E todos conhecemos os limites deste uso
da Sagrada Escritura. A expressão raramente se refere à Palavra da Igreja, à riqueza
da Tradição, à mensagem dos acontecimentos da nossa vida; e raramente, com aquela
expressão, nos referimos à Palavra eterna de Deus, ao que Deus, na densidade do Seu
mistério, pensa, quer, deseja para nós, tem para nos dizer. E no entanto esse é o
sentido primeiro e decisivo da expressão “Palavra de Deus”. Todas as outras concretizações
pertencem já ao mistério da Encarnação, em que Deus exprime, para nós, a Sua Palavra
eterna em linguagem humana. E esta só será, para nós, Palavra de Deus, se nos fizer
escutar o Senhor, se nos fizer tocar no coração de Deus e entrar na Sua intimidade.
Só então a Palavra de Deus é criadora e redentora, transforma a nossa vida e nos leva
a vivê-la em Deus, com Deus, partilhando da Sua verdade e do Seu amor. Na situação
histórica da humanidade nós só chegamos à noção da existência desta Palavra eterna
de Deus, desta mensagem do coração de Deus através da Encarnação, da revelação, que
é abertura do coração de Deus em linguagem humana. Jesus Cristo é a plenitude dessa
humanização do Verbo eterno, dessa revelação íntima de Deus. São João exprime este
itinerário de Deus para Se revelar ao homem: “A Deus nunca ninguém O viu; o Filho
único, que está no seio do Pai, deu-no-l’O a conhecer” (Jo. 1,18). E Jesus Cristo
é a plenitude de um processo expresso na palavra profética, na acção de Deus em favor
do Seu Povo, na Sua manifestação íntima ao coração dos crentes. Só através de Jesus
Cristo e de toda a história da salvação temos acesso ao coração de Deus. Mas uma vez
que o tivermos, somos convidados a mergulhar, pela fé e pelo amor, nessa insondável
Palavra eterna de Deus, a única que nos salva e nos conduz à plenitude da vida. A
afirmação de São João fala-nos do silêncio de Deus, do segredo do Seu mistério, mas
também da possibilidade de quebrar esse silêncio e desvendar esse segredo, entrando
em diálogo com Deus, em Jesus Cristo. Ele revela-nos Deus, ou melhor, Deus revela-Se-nos
n’Ele. E revelar significa abrir o coração, comunicar uma intimidade que só o próprio
pode partilhar. Mesmo entre nós, humanos, ninguém pode forçar a intimidade do nosso
coração. Só o próprio a pode revelar, em plena liberdade, sabendo que abrir o coração
é dar a outrem entrada no mais íntimo da nossa vida. O Verbo eterno na vida íntima
de Deus 2. Palavra sugere comunicação entre pessoas. Na sua plenitude de sentido,
significa comunicação total entre pessoas que se amam e partilham tudo, não têm segredos
umas para as outras. Ao termos tomado consciência, em Jesus Cristo, que Deus é uma
comunidade de Pessoas, em perfeita comunhão de vida e de amor, podemos intuir que
entre essas Pessoas há comunicação, há palavra. Santo Agostinho, que se lançou nessa
aventura de, a partir da relevação e da fé, perscrutar a intimidade de Deus Trindade
Santíssima, fala-nos de uma revelação contínua entre as Pessoas divinas. Deus Pai
diz-Se contínua e totalmente no Filho; este acolhe esse dizer-se de Deus com amor,
no amor que entra na relação como Pessoa, o Espírito Santo. Por isso o Filho Se identifica
totalmente com a Palavra, Ele é o Verbo. Só em Jesus Cristo nós podemos escutar o
Pai e só o faremos plenamente com amor e no amor, no Espírito. A Encarnação, que
é caminho de revelação e que tem a sua plenitude em Jesus Cristo, o Verbo de Deus
feito homem, significa que esse diálogo intra-divino, pode alargar-se às criaturas.
“Com Agostinho (…) podemos dizer: porque dentro de Deus há uma palavra que é expressão
total da divindade, é possível uma acção eterna que seja o reflexo parcial e multiplicado
da divindade”[1]. Este diálogo das Pessoas divinas alargado para fora de Deus, exprime-se,
antes de mais, na Criação. Deus cria para alargar essa experiência de diálogo e de
comunhão. Mais, a Criação é fruto desse diálogo intra-divino o que a torna, toda ela,
uma expressão desse dizer-se eterno e silencioso de Deus. A relação entre o Verbo
eterno e a Criação é claramente expressa nos caminhos humanos da revelação. Do Verbo
eterno, encarnado em Jesus Cristo, diz São João: “No início Ele estava com Deus, tudo
foi feito por Ele e sem Ele nada existiu” (Jo. 1,2-3). E São Paulo, falando da primazia
de Jesus Cristo, diz: “Ele é a imagem do Deus invisível, primogénito de toda a criatura,
porque n’Ele foram criadas todas as coisas, nos céus e na terra, visíveis e invisíveis”
(Col. 1,15-16). Trata-se da plena identificação, em Jesus Cristo, da Palavra criadora,
protagonista da criação do céu e da terra (cf. Gen. 1,1ss). Esta relação da Criação
com a Palavra eterna de Deus pertence ainda bastante ao silêncio de Deus, ao segredo
do Seu mistério, mas situa a Criação no contexto do diálogo das Pessoas divinas; o
segredo do sentido da Criação está escondido no segredo de Deus. Vamo-lo captando
à medida que mergulhamos em Jesus Cristo, percebendo como Ele encerra o sentido de
todas as coisas. Mas até à Sua plena manifestação, Jesus Cristo é, para nós, a máxima
expressão do silêncio de Deus: essa é a beleza e a exigência da nossa fé, ela própria
expressão do nosso silêncio profundo. 3. Foi através da revelação de Deus na história
da salvação que chegámos à notícia dessa Palavra eterna de Deus. Podemos captar nessa
história de salvação os atributos com que essa Palavra eterna se nos manifestou. Já
vimos que ela é criadora e fonte de vida: “Ele era a vida de todos os seres” (Jo.
1,4). Só vive quem escuta a Palavra, entra nesse dizer-se de Deus Pai, no Seu Filho,
Verbo eterno. Na história da salvação, todos os acontecimentos que Deus realiza em
favor do Seu Povo são atribuídos à Palavra. É luminosa, irradiação da luz e manifestação
da verdade. Só escutando essa Palavra se capta o sentido da criação. Na fé, essa luz
ilumina o nosso coração: “E a vida era a luz dos homens e a luz brilhou nas trevas
e as trevas não puderam acolhê-la” (Jo. 1,4-5). Esta incapacidade de acolher a luz
é, como veremos mais à frente, uma das manifestações, para nós, do silêncio de Deus.
Deus fica em silêncio porque nós, nos nossos pecados, não O podemos escutar. Ela
é vontade e desígnio. Deus tem uma vontade, interna à comunhão divina e acerca dos
homens que criou. Há um desígnio de Deus acerca da criação e da humanidade. Fugir
dele é falhar a vida e a existência. Mas este desígnio é um dos grandes segredos de
Deus. Vemos que em Jesus Cristo esta vontade eterna de Deus é um dos absolutos na
Sua fidelidade e na Sua missão. Mas finalmente essa Palavra é amor, é Palavra
amorosa: “Deus é amor” (1Jo.4,8-16), diz São João. É por isso que o amor verdadeiro,
mesmo entre os homens, é o caminho para romper o silêncio de Deus e penetrar no Seu
íntimo. Acolher a Palavra significa, para os cristãos, conduzidos pelo Espírito, respeitar
os mandamentos do Senhor, que convergem todos para a caridade. E São João assegura:
“Aquele que cumpre os seus mandamentos, permanece em Deus e Deus nele” (1Jo. 3,24).
E o Apóstolo exorta: “Bem-amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor é de Deus
e aquele que ama nasceu de Deus e conhece Deus” (1Jo. 4,7). Fica, assim, claro que
só a caridade vence o silêncio de Deus, porque permite escutar a sua Palavra. Bento
XVI recorda-nos que a Palavra não é exterior a Deus, antes brota do coração de Deus.
Porque Deus é amor, a Sua Palavra é expressão de amor. “Esta Palavra não é algo imposto
ao homem de fora; ela é, na medida em que formos capazes de a receber, revelação da
natureza do próprio Deus e assim explicação da verdade do nosso ser: é-nos desvendada
a partitura da nossa existência, de modo a podermos lê-la e traduzi-la na vida. A
vontade de Deus deriva do ser de Deus e, consequentemente, introduz-nos na verdade
do nosso ser, liberta-nos da auto-destruição pela mentira”[2]. A luz e as trevas
4. “Deus é a luz e n’Ele não há trevas” (1Jo. 1,5). Isto mostra que as trevas,
incapacidade de acolher a Palavra e penetrar na intimidade de Deus é uma situação
do homem, provocada pelo pecado. O mesmo São João acrescenta: “A luz veio ao mundo
e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más” (Jo.
3,19). Com a Sua Palavra, Deus tenta penetrar nestas trevas e espalhar a luz que brota
do Seu amor. Jesus, a Palavra eterna, diz de Si Mesmo: “Eu sou a luz do mundo. Quem
me segue (…) terá a luz da vida” (Jo. 8,12). O silêncio de Deus, que significa
a falta de diálogo e de conhecimento mútuo entre Deus e o homem, é uma situação dramática
para o homem, motivada pelo pecado que deixou o homem insensível à Palavra de Deus,
incapaz de a escutar e de entrar em comunhão com Ele. Este silêncio que se abateu
entre Deus e o homem magoa o coração de Deus, porque contradiz a intenção divina na
criação: criar o homem à Sua Imagem, alguém a quem Ele pudesse falar e com quem partilhasse
a Sua luz. Com o pecado, um pesado silêncio em relação a Deus se abateu sobre a humanidade.
É tremenda para o futuro do homem esta realidade do pecado, que gera incapacidade
de escutar o Senhor, mesmo quando se lê materialmente a Sua palavra escrita, se torna
indiferença e desconhecimento de Deus e que leva a viver a vida sem Deus, mesmo que
se diga que se acredita n’Ele. Deus não desiste de vencer estas trevas e de quebrar
este silêncio. É a sua pedagogia de salvação, que culmina na encarnação do Seu Filho,
Palavra eterna, e que exige sempre, como ponto de partida, a redenção do pecado, a
vitória sobre o pecado. Ao longo da história da salvação, toda a Palavra do Senhor
é luz que pretende vencer as trevas, Palavra que procura quebrar o silêncio. Como
veremos adiante, este desígnio amoroso de salvação nem sempre é compreendido e aceite
pelos homens, mesmo pelo Seu Povo. Um projecto que pretende quebrar o silêncio e restabelecer
o diálogo, acaba por ser vivido no silêncio, por parte de Deus que só vencerá essa
distância na última manifestação da glória do Verbo encarnado, e pelos homens que,
mesmo aderindo a ele, o têm de viver na obscuridade da fé. Na Homilia do passado
Natal, afirmei que o ateísmo e a indiferença em relação a Deus constituem o maior
drama da humanidade. Esta afirmação provocou várias reacções, quase sempre respeitosas,
de quem aceitou debater questão tão delicada, tão generalizada no mundo de hoje e
que é atitude pessoal de pessoas concretas, que respeitamos. Este debate é sadio e
convidou-me a explicitar o sentido da minha afirmação. Antes de mais é preciso
ter em conta que ela exprime a atitude de um crente, para quem Deus, um Deus vivo,
é a fonte decisiva do sentido da existência, a luz que, através da Sua Palavra, aponta
caminhos, é a força que nos torna capazes do que humanamente nos parece impossível,
e a promessa de uma vida em plenitude que esperamos alcançar. Verdadeiramente quem
acredita no Deus vivo e vive com Ele, não sabe imaginar a vida sem Deus, como certamente
um descrente não pode imaginar o que é viver com Deus. O caminho é o debate sincero
e respeitador das experiências de cada um. Na perspectiva de um crente, o ateísmo
generalizado, de modo particular o ateísmo prático daqueles que, respirando o ambiente
cultural que os rodeia, vivem como se Deus não existisse, é um problema central da
humanidade, que influencia o sentido da vida e a maneira de a viver. O crente é continuamente
interpelado pela Palavra viva do Deus vivo, perenemente pronunciada em Jesus Cristo.
Não poder escutar a Palavra de Deus é privar-se da luz que pode iluminar toda a nossa
vida e ficar limitado à luz que brota do homem, tantas vezes distorcida pelos contextos
culturais e históricos. A este problema eu chamei um “drama”. Confesso estar influenciado
pela linguagem teológica, marcada pela cultura clássica. Aí o “drama” significa a
existência humana, na sua busca do bem, da luz e da verdade, busca que supõe uma luta
e a coragem para vencer as forças do mal, enquadrando o próprio sofrimento. A “tragédia”
é, na cultura clássica, a forma literária que melhor enquadra este “drama”. Um grande
teólogo do nosso tempo, Urs Von Balthasar, partiu deste conceito clássico de “drama”
para apresentar o mistério da redenção. Neste sentido a existência humana é um “drama”
e Deus entra nesse “drama”, quer O neguemos, quer nos abramos à Sua luz. E a morte
de Jesus Cristo, para redenção da humanidade, adensou esse “drama” e apontou-lhe a
saída da esperança. 5. Não temos notícia do que terá sido a existência do homem
antes do pecado. Mas é clara a convicção da Escritura de que o homem foi criado para
a intimidade com Deus e para poder escutar a Sua Palavra. Isto significa que este
silêncio que se instalou nas relações do homem com Deus, para além da profundidade
do mistério de Deus que exigiria sempre ao homem o vencer da sua finitude de criatura
para conviver com Deus, é motivado pelo pecado do homem. Este não perdeu completamente
a capacidade de procurar Deus, mas só a Palavra revelada o fará vencer os obstáculos
do pecado e pô-lo em comunhão com Deus. O Concílio Vaticano II afirma a este respeito:
“O Santo Concílio reconhece que Deus, princípio e fim de todas as coisas, pode ser
conhecido com certeza pela luz natural da razão humana, a partir das coisas criadas,
mas ensina também que essas realidades divinas que não são inacessíveis à razão humana,
podem, nas presentes condições do género humano, ser facilmente conhecidas por todos,
com firme certeza e sem nenhuma mistura de erro, através da Revelação”[3]. O ateísmo
e o desconhecimento de Deus não se podem, assim, atribuir apenas à falta de fé na
revelação sobrenatural; são também o resultado de um imperfeito uso da luz natural
da razão. Desígnio de salvação, o grande segredo de Deus 6. Quando as trevas
do silêncio entre o homem e Deus se abateram sobre a humanidade devido ao pecado,
Deus não abandonou o Seu desígnio de salvação, e não desistiu de falar ao homem. Adaptou
a realização desse desígnio amoroso às circunstâncias concretas da humanidade. Ele
torna-se no acontecer da história, um desígnio de salvação. Esta atitude salvífica
de Deus é designada, na Sagrada Escritura, por duas palavras: desígnio e segredo (mistério).
Um desígnio não é um programa; é antes um desejo amoroso acerca das pessoas que se
amam e não se desiste de pôr em prática. O “mistério”, à letra o “segredo de Deus”,
exprime a mesma intenção amorosa, sublinha a sua dimensão de segredo, concretização
do silêncio de Deus. Podemos intuir, nos diversos textos bíblicos, a natureza
deste “silêncio de Deus” acerca da Sua vontade salvífica. Mesmo que Deus o quisesse
manifestar claramente desde o início, as “trevas” do homem impedi-lo-iam de captar
e compreender. O único caminho é pô-lo em acção, intervir na vida dos homens, sobretudo
do Povo de Israel, com gestos salvíficos que o façam sentir a intervenção amorosa
de Deus. O segredo deste desígnio vai-se desvendando à medida que os homens o sentem
a realizar-se e confiam no Senhor. Nesse abandono confiante, abre-se, nos seus corações,
uma primeira possibilidade de escutar a Palavra do Senhor, que começa a revelar-lhes
o Seu desígnio, o sentido dos acontecimentos em que este presente e a promessa de
que nunca abandonará o Seu Povo. Traça-se, assim, uma primeira regra para a escuta
da Palavra de Deus: o homem só ouve a Palavra do Senhor quando fez a experiência do
Seu amor salvífico. Ouve-se melhor aquele que sentimos que nos ama e vem ao nosso
encontro. Porque a máxima expressão deste desígnio salvífico de Deus é a encarnação
do Seu Verbo, que é Filho, só em Jesus Cristo esse desígnio se revela definitivamente.
Jesus Cristo, ao redimir a humanidade, é a revelação do “segredo de Deus”. Leiamos
o texto da Carta aos Efésios sobre esta revelação do segredo de Deus, em Jesus Cristo,
na Igreja: “Às gerações e aos homens do passado ele não foi dado a conhecer, como
foi agora revelado aos seus santos apóstolos e profetas, no Espírito: os gentios são
co-obreiros, membros do mesmo Corpo e co-participantes da promessa em Cristo Jesus,
por meio do Evangelho. Desse Evangelho eu me tornei ministro, pelo dom da graça de
Deus que me foi concedida pela operação do seu poder. A mim, o menor de todos os santos,
me foi dada esta graça de anunciar aos gentios a insondável riqueza de Cristo e de
pôr em luz a dispensação do mistério oculto desde os séculos em Deus, criador de todas
as coisas, para dar agora a conhecer aos Principados e às Autoridades nas regiões
celestes, por meio da Igreja, a multiforme sabedoria de Deus, segundo o desígnio pré-estabelecido
desde a eternidade e realizado em Cristo Jesus Nosso Senhor” (Efs. 3,5-11). 7.
Mas a revelação definitiva e completa deste segredo, deste desígnio misterioso de
salvação, será a paruzia aquando da manifestação definitiva da glória de Jesus Cristo.
Conhecemos desse plano de Deus o essencial em Jesus Cristo e na Igreja, o suficiente
para conduzirmos a nossa vida segundo esse plano de Deus. Somos chamados a não planear
a realização da nossa vida só com critérios naturais, se beneficiamos da intervenção
salvífica de Deus em Jesus Cristo. Todo o naturalismo na orientação da nossa vida
contradiz a revelação do plano de Deus que já nos foi feita em Jesus Cristo, em Quem
podemos escutar completamente a Palavra do Senhor. Sé Patriarcal, 10 de Fevereiro
de 2008 † JOSÉ, Cardeal-Patriarca