2008-02-09 15:57:35

Pobres: os mais vulneráveis para contrair HIV-SIDA


(9/2/2008) Um estudo da organização não governamental britânica OXFAM revelou que em Angola os comerciantes informais, sobretudo as mulheres, são os mais vulneráveis na contracção do HIV-SIDA.
 A vendedeira ambulante é em muitos casos mãe solteira que tem à sua guarda um número reduzido ou elevado de filhos. Abraça a actividade comercial e para a sustentar necessita de adquirir produtos na cidade para depois os vender em lugares rurais. A actividade de revenda leva o seu tempo, precisando ela de se hospedar em albergues ou pequenos quartos estando exposta a tudo.
O estudo feito nas províncias de Benguela e Moxico abordou camionistas, jovens e mulheres comerciantes tidos como grupos mais propensos para as actividades de risco, facilitando a propagação do vírus do VIH.
Entrevistado pela Ecclesia, o Presidente da organização Acção Humana, Pombal Maria, não tem dúvidas que a extrema pobreza das populações está associada a proliferação do HIV.
“São os grupos mais vulneráveis e estão descritos no plano estratégico onde estão as trabalhadores de sexo, os camionistas, os jovens fora do sistema escolar e as meninas. O estudo faz alusão ao corredor do Lobito e atendendo ao contexto daquela zona a circulação já é acentuada.”
O responsável daquela organização de luta contra a pandemia sugere que este grupo vulnerável e a sua situação “exige das autoridades, da sociedade civil e sobretudo do sector privado, que tem dado uma contribuição ainda insignificante, um maior esforço para que as populações corram um menor risco de infecção ao contrário do que tem estado a acontecer na região”, disse.
Deste modo apela às empresas diamantíferas, petrolíferas e outras “que tendo lucros famosos não têm prestado apoio suficiente às comunidades para que elas possam superar aquilo que é a grande miséria no país”.
Como resposta ao problema a organização não governamental britânica OXFAM defende a criação de programas de geração de rendimentos no seio das famílias que passa pela ampliação das actividades de micro-créditos concorrendo para a melhoria das suas condições de vida.
A pesquisa enquadra-se num projecto de luta contra a Sida a ser implementado nas quatros províncias que estão ligadas pelo Caminho de Ferro de Benguela(CFB) num financiamento da União Europeia, orçado em mais de 3 milhões de Euros.








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