Juba, 09 fev (RV) – Por ocasião do aniversário da morte da co-fundadora _ Madre
Tecla Teresa Merlo, falecida no dia 5 de fevereiro de 1964, aos 70 anos de idade _
as Filhas de São Paulo instituíram uma nova fundação em Juba, Sudão.
Depois
de 25 anos de guerra civil, a região sul desse país africano está finalmente vivendo
um período de tranqüilidade. Após o acordo de paz, o bispo emérito de Torit, Dom Paride
Taban, dirigiu um convite a todas as congregações religiosas, para que abram casas
no país, a fim de ajudar na reconstrução moral e espiritual da população que está
retornando à Pátria.
As Filhas de São Paulo _ explica um comunicado _ aceitaram
o convite de Dom Paride e, em 25 de janeiro passado, duas religiosas transferiram-se
para Juba, "dispostas a colaborar com a Igreja local, na evangelização e promoção
humana através dos meios de comunicação social".
Juba _ descrevem _ "é como
uma grande aldeia". "Casas destruídas, ruas de terra batida, poucas construções e
muita gente que, ao retornar, deve acostumar-se a viver em barracas, inclusive na
cidade. Por todas as partes, se vêem obras de construção. Isso dá uma sensação de
"futuro", apesar de as pessoas se verem obrigadas a enfrentar uma vida muito dura"
_ dizem as religiosas.
O Sudão tem 44 milhões de habitantes, 69% dos quais,
são muçulmanos. Os cristãos são 6,3% da população e os católicos, 4,5%; os seguidores
das religiões tradicionais somam 25%.
O arcebispo de Juba, Dom Paulino Lukudu
Loro, ofereceu às Filhas de São Paulo uma sala anexa à Catedral, que servia também
como livraria. Outras sete dioceses do sul do Sudão esperam as duas missionárias,
que "estão se organizando para arrumar a livraria e a casa, e para poder levar a Palavra
de Deus a todos".
Desde sua independência, em 1º de janeiro de 1956, o Sudão
viveu 39 anos de guerras civis: a primeira de 1955 a 1972; a segunda, de 1983 a 2005.
E os conflitos prosseguem ainda hoje, com numerosos confrontos na martirizada região
de Darfur. (SP/AF)