2008-02-08 17:05:16

«Mulher e homem, o humanum na sua inteireza» - tema do Congresso promovido pelo Conselho para os Leigos, em Roma, de 7 a 9 de Fevereiro, nos 20 anos da Carta Apostólica "Mulieris dignitatem"


Na continuidade do Concílio Vaticano II, que encoraja a uma participação mais vasta da mulher não só no âmbito cultural e social mas também eclesial, e da constituição da «Comissão de estudo sobre a mulher na sociedade e na Igreja» por Paulo VI em 1973, João Paulo II publicou em 1988, no seguimento do Sínodo dos Bispos sobre a participação dos leigos na vida da Igreja, a Mulieris dignitatem.
Foi o primeiro documento pontifício inteiramente dedicado à mulher. João Paulo II faz uma análise antropológica à luz da Revelação para evidenciar verdades fundamentais tais como a igual dignidade do homem e da mulher criados à imagem de Deus, a unidade dos dois e o chamamento à comunhão, a importância da complementaridade e reciprocidade entre homem e mulher, a figura de Maria como modelo da mulher e realização do ser humano chamado à santidade.

Passados vinte anos sobre a publicação da Mulieris dignitatem, é importante verificar que os conteúdos e a linguagem do magistério de João Paulo II foram recepcionados e geraram perspectivas novas de valorização da mulher, a par com uma consciência da importância da reciprocidade entre homem e mulher. A «Carta sobre a colaboração do homem e da mulher na Igreja e no mundo», da Congregação para a Doutrina da Fé publicada em 2004, bem como a Audiência geral de Bento XVI de 14 de Fevereiro de 2007 dedicada às mulheres e à sua responsabilidade eclesial desde as primeiras comunidades cristãs até hoje, são disso dois exemplos.

No vigésimo aniversário da Mulieris dignitatem, o Conselho Pontifício para os Leigos retoma este caminho de aprofundamento da relação homem-mulher e da participação da mulher na missão da Igreja organizando um Congresso, com a participação de cerca de 250 pessoas provenientes dos cinco continentes. Tem por objectivos: fazer um balanço sobre o caminho percorrido nos últimos vinte anos no âmbito da promoção da mulher e do reconhecimento da sua dignidade; desenvolver uma reflexão, à luz da Revelação, sobre os novos paradigmas culturais e as dificuldades com que as mulheres católicas se defrontam para viverem a própria identidade e colaborarem em reciprocidade com os homens na edificação da Igreja e da sociedade; apelar à beleza da vocação à santidade, encorajando as mulheres a responderem com uma consciência crescente e, porque protagonistas da missão da Igreja, a porem ao serviço do apostolado, da família, do mundo do trabalho e da cultura todas as riquezas do «génio» feminino.









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