"PAZ IMEDIATA": O PEDIDO DE UMA DELEGAÇÃO ECUMÊNICA AOS QUENIANOS
Nairóbi, 06 fev (RV) - "Façam a paz agora": foi o que pediu a delegação do
Conselho Mundial das Igrejas que, nos dias passados, esteve no Quênia, em sinal de
solidariedade para com as Igrejas locais.
Depois de encontrar, em separada
sede, o vice-presidente Kalonzo Musyoka, representando o presidente Mwai Kibaki, e
Raila Odinga, chefe da oposição, o Rev. Clifton Kirkpatrick, presidente da Aliança
Mundial das Igrejas Reformadas, disse: "Não estamos aqui para julgar o resultado das
eleições. No momento, a dignidade e a vida humana devem estar separadas da busca de
justiça política."
Falando da situação humanitária, a secretária-geral da
Aliança Mundial das Uniões Cristãs Femininas (YWCA), de Zimbábue, Nyaradzai Gumbonzvanda,
destacou que "mulheres e crianças estão entre os mais atingidos pela violência e pelo
deslocamento forçado".
Por sua vez, o arcebispo de Mombasa, Dom Boniface Lele,
e os 54 sacerdotes de sua arquidiocese dirigiram uma mensagem de encorajamento e de
esperança a "todos os cristãos e pessoas de boa vontade, neste difícil momento".
"Estamos
falando como uma única família solidária, que perdeu seus entes queridos e seus bens"
_ disse o arcebispo. Para ele, o Quênia está diante de uma crise que vai muito além
da política eleitoral, e que atinge a identidade, os valores e a visão que os quenianos
têm, de sua nação. "As partes em conflito _ conclui _ devem entender que o Quênia
é maior que seus interesses políticos." (BF/AF)