CONTINUA A POLÊMICA ENTRE IGREJA E GOVERNO NA ESPANHA
Madri, 02 fev (RV) - Polêmica novamente entre a Igreja e o governo na Espanha.
Na quinta-feira, a Conferência Episcopal publicou uma nota pastoral "de orientação
moral", em vista das eleições gerais de 9 de março.
Segundo os bispos, o objetivo
da nota é "colaborar sinceramente, para o enriquecimento espiritual da sociedade,
na consolidação da autêntica tolerância e da convivência no mútuo respeito". Mas o
que causou confusão foi o uso do termo "terrorista", que os prelados utilizaram, para
escrever que uma organização terrorista não pode ser considerada um interlocutor político.
Essa frase foi interpretada pelos socialistas e pela mídia como uma tomada
de posição a favor da direita e contra as principais leis aprovadas pelo governo socialista
e sua política em relação à ETA.
O Partido Socialista (PSOE) chegou a definir
"imoral o fato de os bispos utilizarem o termo "terrorista" para fins eleitorais".
Já a vice-presidenta, María Teresa Fernández de la Veja, pediu que os prelados respeitem
a separação entre Igreja e Estado.
O porta-voz da Conferência Episcopal, Mons.
Juan Antonio Martínez Camino, reagiu imediatamente, para dizer que os bispos não estão
em campanha eleitoral, e para definir injustas e duras as palavras do partido socialista.
(BF/AF)