2008-02-01 20:28:39

PAPA EXORTA BISPOS GRECO-CATÓLICOS DA UCRÂNIA A PROMOVEREM ECUMENISMO DO AMOR


Cidade do Vaticano, 1º fev (RV) - Promover, em primeiro lugar, "o ecumenismo do amor", porque "o diálogo da caridade ilumina o diálogo da verdade": foi o convite de Bento XVI aos bispos da Igreja Greco-católica da Ucrânia, recebidos em sua primeira visita "ad Limina", após mais de 70 anos.

Os prelados eram guiados pelo arcebispo-mor de Kyiv-Halyč, Cardeal Lubomyr Husar, que apresentou ao papa os desafios dessa Igreja, que viveu as agruras de uma longa ditadura comunista.

Em sua saudação ao pontífice, o Cardeal Husar ressaltou que "a longa provação da perseguição e da vida catacumbal" tornou a Igreja ucraniana "forte no testemunho da unidade na diversidade e na fidelidade ao Bispo de Roma".

Mas também hoje _ disse _ são muitas as dificuldades a serem afrontadas: "a atualização ao Concílio Vaticano II deve ser recuperada o mais rapidamente possível"; o desenvolvimento do país "que recobrou a independência após séculos de divisões"; "o violento e imprevisto impacto com o mundo ocidental secularizado"; o drama de uma vasta migração; a reconstrução espiritual, moral e estrutural das comunidades cristãs "muitas vezes pobres de meios materiais, embora ricas de fé"; "o sofrimento cotidiano pela divisão existente entre... os cristãos na pátria".

O papa expressou grande alegria em poder receber os bispos greco-católicos ucranianos em sua primeira visita "ad Limina", após mais de 70 anos. A última realizou-se em 1937. Bento XVI exortou-os a colaborarem sempre mais intensamente, em vista do comum compromisso missionário, ajudados pelos sacerdotes.

A seguir, o pontífice fez votos de uma unidade de intentos da Igreja greco-católica com o Episcopado latino do país, no respeito pelas duas diversas tradições. "É inegável _ disse _ que tal colaboração entre os dois ritos faria crescer uma maior sintonia dos corações entre aqueles que servem à única Igreja.

Bento XVI falou também sobre algumas dificuldades relativas à obediência das religiosas e dos religiosos e sobre a colaboração deles nas necessidades da Igreja: "Com a magnanimidade de pastores e a paciência de pais, exortem essas irmãs e irmãos a defenderem incansavelmente a índole "a-secular" de sua peculiar vocação. Ajudem-nos a cultivar o espírito das bem-aventuranças e a observar fielmente os votos de pobreza, castidade e obediência com fidelidade evangélica, para que possam dar na Igreja aquele típico testemunho que lhes é solicitado."

"Aquilo que deve ser promovido é o ecumenismo do amor, que deriva diretamente do mandamento novo, deixado por Jesus a seus discípulos. O amor acompanhado por gestos coerentes cria confiança, e faz abrir os corações e os olhos. O diálogo da caridade, por sua natureza, promove e ilumina o diálogo da verdade: de fato, é na plena verdade que se terá o encontro definitivo ao qual conduz o Espírito de Cristo." (RL/AF)







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