SITUAÇÃO DRAMÁTICA DOS CRISTÃOS NO IRAQUE POLARIZA ASSEMBLÉIA DA ROACO
Cidade do Vaticano, 28 jan (RV) - Realizou-se esta semana, no Vaticano, a Assembléia
semestral da ROACO, a Reunião das Obras de Assistência às Igrejas Orientais. Estiveram
no centro dos trabalhos, em particular, o Iraque, tema que será retomado na próxima
sessão, fixada para os dias 18 e 19 de junho próximo. Mas o que emergiu da Assembléia
dos dias passados? Foi o que a Rádio Vaticano perguntou ao secretário-geral da ROACO,
Pe. Leon Lemmens:
Pe. Leon Lemmens:- "Emergiu uma grande atenção, um
grande sentido de solidariedade para com as sortes dos cristãos iraquianos. Portanto,
dedicamos quase a totalidade dos trabalhos dessa sessão da ROACO justamente à questão
iraquiana e, mais ainda, sobre como ajudar mais os cristãos iraquianos e, naturalmente,
as suas Igrejas."
P. A minoria cristã no Iraque está cada vez mais em dificuldade:
vimos os últimos ataques contra as igrejas. E continua a diáspora. Como ajudar essas
comunidades?
Pe. Leon Lemmens:- "Como sabemos, a maior parte dos
cristãos iraquianos vive fora do Iraque: de fato, fala-se de cerca de 60 mil que vivem
próximo a Amã _ na Jordânia _ outros 100 mil e talvez até mais vivem na Síria, outros
ainda se encontram no Líbano e na Turquia. Ademais, outros cristãos iraquianos, mesmo
estando no Iraque, vivem na realidade numa condição de refugiados no norte do país.
Portanto, a situação geral dos cristãos iraquianos é verdadeiramente dificílima. Durante
os nossos trabalhos, a esse respeito, analisamos, sobretudo, aquilo que já estamos
fazendo diante dessa situação, aquilo que estão fazendo as agências da ROACO e, em
particular, a Caritas. Pudemos verificar que a Caritas está realmente muito empenhada
tanto na Jordânia quanto na Síria, como também dentro do Iraque, graças à ajuda de
muitas pessoas e com a contribuição também de importantes meios financeiros. Vimos
como também em Amã a Igreja encontra-se muito empenhada e busca realmente ir ao encontro
das necessidades dos cristãos iraquianos." (RL)