2008-01-25 11:49:55

AJUDA À IGREJA QUE SOFRE EXPÕE A DIFICIL SITUAÇÃO DO HAITI


Porto Príncipe, 25 jan (RV) - Ao término da viagem ao Haiti, realizada pela Ajuda à Igreja que Sofre, esta Fundação de direito pontifício expôs as urgentes necessidades materiais que esta nação tem devido à miséria em que vive.

A viagem de três semanas, encabeçado pelo chefe da Seção de Projetos de AIS para a América Latina, Xavier Legorreta, serviu também para promover cerca de 60 projetos de ajuda, inclusive o de painéis solares para obter energia em um país onde a eletricidade também escasseia, construção de igrejas, capelas e centros educativos, além de uma maternidade em Porto Príncipe, capital do Haiti.

Legorreta explica que “a única forma para começar a ajudar as pessoas do Haiti é compartilhar seu sofrimento. Só assim se pode começar a amá-las e entender suas necessidades. Falando com muitas pessoas – bispos, sacerdotes, religiosos e leigos – a mensagem que recebemos era a mesma: eles se sentem completamente esquecidos e inclusive rejeitados pelo mundo”.

Após explicar que AIS está considerando de que maneira poderá sustentar os muitos seminários do Haiti, o que em uma nação de oito milhões de católicos o converte no país mais rico em vocações do mundo, Xavier Legorreta indicou que o colapso de valores morais em um país arrasado pela pobreza e o contínuo caos político e econômico são um problema severo.

Após comentar que para os bispos a formação do clero é prioritária, Legorreta destacou que suas necessidades espirituais às vezes se vêem ultrapassadas pela luta cotidiana por responder às suas necessidades materiais.

O chefe de Projetos de AIS para a América Latina disse também que, devido ao pobre serviço postal, ao mau serviço telefônico e à escassez de computadores e outros equipamentos de escritório, a única forma de receber os pedidos para o financiamento de projetos era visitar o país. “Depois de três semanas viajando pelo país, posso dizer honestamente que só vi quatro semáforos funcionando”, acrescentou.

A situação no Haiti é extremamente difícil: 5,6% da população está infectada com o vírus da AIDS, 75% está abaixo dos níveis de pobreza internacionalmente reconhecidos, e 20% deixou o país em busca de um futuro melhor, especialmente no Canadá, Estados Unidos e França. Em meio a tudo, a Igreja é um fator importante de ajuda. (SP)







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