ORAÇÃO COMUM DOS CRISTÃOS É "PORTA RÉGIA DO ECUMENISMO", DIZ BENTO XVI
Cidade do Vaticano, 18 jan (RV) - O Santo Padre iniciou suas atividades de
hoje _ dia em que, na Europa, teve início a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos
_ com um importante encontro ecumênico: o papa recebeu uma delegação ecumênica proveniente
da Finlândia, grupo que, nestes dias, se encontra tradicionalmente em Roma, para participar
da festa litúrgica de Santo Henrique, patrono desse país nórdico.
No Brasil,
a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos se celebra entre a Ascensão e Pentecostes.
Este ano, de 4 a 11 de maio. No encontro com a delegação finlandesa, o pontífice indicou
o valor da oração como a "porta régia do ecumenismo" e de um diálogo entre cristãos,
do qual _ afirmou ele _ a Europa atual não pode prescindir.
Bento XVI afirmou
com clareza, na última frase de seu discurso, onde reside a importância concreta _
que incide na sociedade _ do diálogo luterano-católico: nas "novas e mutáveis" circunstâncias
da Europa de hoje, "luteranos e católicos podem fazer, juntos, muitas coisas a serviço
do Evangelho e da promoção do Reino de Deus".
Ao lado do bispo luterano Kari
Mäkinen, o Santo Padre se deteve, desde o início de seu discurso, sobre o significado
espiritual que empenha as duas partes na busca da plena comunhão.
Inspirando-se
no tema da Semana 2008 _ "Rezar incessantemente" _ Bento XVI observou que, "num certo
sentido, a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos tem suas origens no momento
em que Jesus padeceu o sofrimento e a morte", rezando pelos seus discípulos: "Que
todos sejam um" para que "o mundo creia". De fato, a oração "é a porta régia do ecumenismo"
_ afirmou o papa.
Tal oração "nos leva a olhar para o Reino de Deus e para
a unidade da Igreja de maneira nova, que reforça os nossos laços de comunhão e nos
permite afrontar com coragem, as recordações dolorosas, os pesos sociais e as fraquezas
humanas, que representam grande parte de nossas divisões".
Uma autêntica vida
de comunhão "é possível _ prosseguiu Bento XVI _ somente se os acordos doutrinais
e as declarações formais forem constantemente conduzidos pela luz do Espírito Santo".
E
acrescentou: "Devemos ser gratos pelos frutos do diálogo teológico católico-luterano
na Finlândia e na Suécia, relativamente às questões centrais da fé cristã, inclusive
a questão da "justificação" na vida da Igreja. Que o diálogo contínuo possa levar
a resultados concretos e a ações que expressem e construam a nossa unidade em Cristo
e, portanto, reforcem as relações entre os cristãos" _ concluiu o papa. (RL/AF)