2008-01-11 13:19:37

ARCEBISPO MAMBERTI: COMBATER CRISTOFOBIA, ISLAMOFOBIA E ANTI-SEMITISMO


Cidade do Vaticano, 11 jan (RV) – O secretário vaticano das Relações com os Estados, Dom Dominique Mamberti, fez uma palestra, nesta quinta-feira, na Pontifícia Universidade da Santa Cruz, em Roma, intitulada "Proteção do direito de liberdade religiosa na ação atual da Santa Sé", na qual afirmou que "respeitar a liberdade religiosa no mundo quer dizer, hoje, combater três fenômenos: a cristofobia, a islamofobia e o anti-semitismo".

Dom Mamberti explicou que esse é o desafio para contrapor toda forma de discriminação e perseguição. Segundo o arcebispo, a chamada "cristianofobia" é um conjunto de comportamentos que derivam da ausência de educação ou da má informação, da intolerância e da perseguição.

Para Dom Mamberti, esses três fenômenos devem ser enfrentados por igual. Ilustrando a posição da Igreja, o arcebispo explicou que o respeito do direito à liberdade religiosa constitui a base do respeito de qualquer outro direito pois, quando a liberdade religiosa está em risco, todos os outros direitos vacilam.

A liberdade religiosa _ disse _ é um direito que não se pode suprimir; tem uma dimensão privada, pública e institucional. Nesse contexto _ acrescentou _ a atividade diplomática da Santa Sé tem como objetivo central assegurar a estabilidade e a certeza das atividades da comunidade cristã. Dom Mamberti falou também, da relação entre a liberdade religiosa e a liberdade de expressão, propondo um equilíbrio voltado a salvaguardar o exercício de ambas.

À margem da palestra feita por Dom Mamberti, o embaixador israelense junto à Santa Sé, Oded Ben-Hur, antecipou aos jornalistas que o papa "pode ir à Terra Santa em 2009". "Não há previsão de visita para este ano _ disse o diplomata ontem _ mas estamos trabalhando para programar a visita para o ano que vem. Estamos confiantes e fazendo progressos nesse sentido" _ acrescentou, falando aos jornalistas.

O diplomata também destacou que a Comissão Bilateral de negociação, sobre o status jurídico e fiscal da Igreja Católica em Israel, que se reuniu nos últimos meses em Jerusalém, "não obteve resultados concretos, mas esclareceu questões muito importantes". "Portanto _ concluiu _ confiamos que o papa possa fazer esta viagem no ano que vem." (CM/AF)







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