2008-01-10 17:46:31

APELO DO PAPA AOS ADMINISTRADORES DO LÁCIO EM PROL DA SAÚDE, EDUCAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE RECURSOS


Cidade do Vaticano, 10 jan (RV) - O papa concedeu, nesta quinta-feira, uma audiência aos administradores da região italiana do Lácio. Estavam presentes o presidente da junta regional do Lácio, Pietro Marrazzo, o prefeito de Roma, Walter Veltroni, e o presidente da província de Roma, Enrico Gasbarra.

Em seu discurso, Bento XVI lançou um apelo _ sublinhando os laços que unem o Vaticano à cidade de Roma _ para que, nas diversas obrigações confiadas às administrações locais (da tutela da família à educação, da luta contra a pobreza ao tratamento de doentes) seja sempre respeitada a "centralidade da pessoa humana".

"Mudam os tempos e as situações, mas não enfraquecem nem diminuem o amor e a solicitude do papa para com todos aqueles que vivem nesta terra, tão profundamente marcada pela grande e viva herança do Cristianismo."

Em seu discurso, o pontífice sublinhou "a importância decisiva que têm a educação, a formação da pessoa, ao longo de todo o arco da existência". O papa falou de uma verdadeira "emergência educativa". "Parece, realmente, sempre mais difícil _ disse o papa com tristeza _ propor, de maneira convincente, às novas gerações, sólidas certezas e critérios sobre os quais construir a própria vida."

"Tanto os pais quanto os professores sabem que, também por isso, são tentados a abdicar de suas próprias obrigações educativas. Eles mesmos, no atual contexto social e cultural, impregnados de relativismo e também niilismo, dificilmente conseguem encontrar pontos seguros de referência, que possam sustentá-los e guiá-los em sua missão de educadores, assim como em toda a sua conduta de vidas" _ disse o Santo Padre.

Tal emergência _ advertiu _ "não pode deixar indiferente a Igreja nem suas administrações". Com a formação das pessoas estão, de fato, em jogo "as próprias bases da convivência e o futuro da sociedade".

Nesse contexto, o Santo Padre manifestou viva gratidão à região do Lácio, pelo amparo oferecido aos oratórios e aos centros para a infância, promovidos pelas paróquias e comunidades eclesiais, bem como pela contribuição para a instituição de novos complexos paroquiais, nas áreas do Lácio que ainda não dispõem desses serviços.

Bento XVI destacou ainda, outra "emergência que se agrava": a pobreza. Uma pobreza que _ segundo o papa _ "aumenta, sobretudo, nas grandes periferias urbanas, mas começa a estar presente também em outros contextos e situações, que antes pareciam estar protegidas".

"A Igreja participa, de coração, do esforço para aliviar essa situação, colaborando, com satisfação, com as instituições civis, mas o aumento do custo da vida, em particular os preços das moradias, o desemprego e também os salários e as aposentadorias freqüentemente inadequados tornam realmente difíceis as condições de vida de tantas pessoas e famílias" _ argumentou o pontífice.

Concluindo seu discurso, o papa falou da questão do tratamento de doentes, afirmando que é grave a dificuldade que a região do Lácio enfrenta, no setor da saúde. Todavia, constatou que as mesmas dificuldades são enfrentadas pelas estruturas de saúde católicas, algumas das quais de grande prestígio e de reconhecida excelência, em todo o território nacional.

Bento XVI lançou um apelo para que "na distribuição de recursos", os hospitais católicos não sejam penalizados, não por um interesse da Igreja _ sublinhou _ "mas para não comprometer um serviço indispensável" à população. (JD/AF)







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