2008-01-09 19:18:52

QUÊNIA: LÍDERES RELIGIOSOS EMPENHADOS PARA BUSCAR SOLUÇÃO CRISE POLÍTICA E HUMANITÁRIA


Nairóbi, 09 jan (RV) – Líderes religiosos estão empenhados na busca de uma solução pacífica para a dramática crise que vive o Quênia. Uma delegação de líderes religiosos já se encontrou, em reuniões diferentes, com o presidente Mwai Kibaki e com o líder da oposição, Raila Odinga. Participa da delegação, junto com representantes das diversas confissões religiosas, o presidente da Conferência Episcopal Queniana, Cardeal John Njue, arcebispo de Nairóbi.

Está previsto um encontro entre Odinga e Kibaki para a próxima sexta-feira. De acordo com a agência missionária de notícias _ FIDES _ participarão do encontro inclusive as autoridades religiosas. A agência informou que a população queniana deposita muitas esperanças no encontro entre presidência e oposição.

O presidente de Gana, John Agyelum Kufuor, na veste de presidente de turno da União Africana, é aguardado no Quênia nesta quarta-feira, onde deve iniciar uma mediação com o objetivo de finalizar a grave crise do país.

Os atos de violência tiveram início do Quênia após a proclamação do resultado das eleições, em 27 de dezembro, que deu vitória a Mwai Kibaki. Resultado contestado pela oposição liderada por Raila Odinga.

Desde o início dos conflitos, que tomavam rumo de uma guerra étnica, a polícia declara que o número de mortos é de 600, o governo 468, e a oposição afirma que é mil. À dolorosa contagem dos mortos, se soma a emergência provocada pelos mais de 250 mil desabrigados.

"Apesar dos apelos dos bispo locais, as pessoas têm medo de voltar às próprias casas. Até que não for encontrado um acordo estável o medo de novas violências deixará longe das zonas [de Eldoret e Kisimu] a maior parte dos desabrigados", informou uma fonte local à agência Fides.

No campo estritamente econômico, as conseqüências da crise política possuem altos custos. O Ministro das Finanças Amos Kimunya informou nesta quarta-feira que o impacto negativo nos mercados, indústria e comércios pode superar 1 bilhão de dólares, excluindo da soma os custos da destruição e dos furtos. (EP/AF)







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