Nairóbi, 07 jan (RV) - Quenianos rezaram pela paz no dia de ontem, enquanto
trabalhadores humanitários tentavam trazer alívio aos cerca de 200 mil refugiados
da onda de violência pós-eleitoral que matou centenas de pessoas no país.
"Nossos
líderes falharam conosco. Eles trouxeram essa catástrofe sobre nós. Agora nós nos
voltamos ao Todo Poderoso para salvar o Quênia", disse Jane Riungu, que levava os
cinco filhos em suas melhores roupas a uma igreja no subúrbio de Nairóbi.
Uma
semana após o anúncio da reeleição do presidente Mwai Kibaki, e de uma onda de distúrbios
e saques, havia poucos sinais de que ele se encontraria com o líder da oposição Raila
Ondinga para encontrar uma solução para a crise.
Possíveis mediadores, como
o principal diplomata de Washington para a África, Jendavi Frazer, e o arcebispo Desmond
Tutu, ganhador do Prêmio Nobel, têm conversado com ambos os lados.
O presidente
de Gana, John Kufuor, deve visitar o país nos próximos dias como presidente da União
Africana.
Um pronunciamento de Kibaki, no sábado, dando conta de que ele estava
pronto para formar um "governo de união nacional" foi recebido com ceticismo pela
oposição, que o acusa de fraudar as eleições de 27 de dezembro e de ocupar a presidência
de maneira ilegítima. (SP)