2008-01-05 11:59:55

CARDEAL TAURAN CONFIRMA REUNIÃO ENTRE LÍDERES CATÓLICOS E MUÇULMANOS, NOS PRÓXIMOS MESES, EM ROMA


Cidade do Vaticano, 05 jan (RV) - O presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, Cardeal Jean-Louis Tauran, confirma a reunião entre líderes católicos e muçulmanos, nos próximos meses, em Roma.

O Vaticano está organizando um grande encontro entre líderes católicos e muçulmanos, com o objetivo de dar início a um processo de diálogo entre as duas religiões. A reunião _ ainda sem data marcada _ vai se realizar em Roma, durante a primavera no hemisfério norte, ou seja, entre março e junho.

A notícia foi antecipada pelo Cardeal Jean-Louis Tauran, em declarações ao jornal "L'Osservatore Romano". O cardeal acrescentou que deve receber um grupo formado por três representantes muçulmanos, em fevereiro ou março, para preparar o encontro. "De certa forma, isso pode ser definido como algo histórico" _ disse.

Na ocasião, os líderes religiosos devem estabelecer as bases para o grande encontro da primavera. Da pauta da reunião devem constar três questões: o respeito à dignidade do indivíduo, o entendimento recíproco entre as religiões e como obter mais tolerância entre os jovens.

A iniciativa do Vaticano é uma resposta à carta enviada por 138 líderes muçulmanos ao papa e a outros líderes cristãos, em outubro passado. Na carta _ de 29 páginas _ eles advertem que "a sobrevivência do mundo estaria em risco, se muçulmanos e cristãos não alcançarem a paz".

A mensagem também foi considerada um convite aberto para que cristãos e muçulmanos se unam em torno de aspectos fundamentais de suas crenças, como a fé no único Deus.

Posteriormente, o papa recebeu o rei da Arábia Saudita e convidou os dignitários muçulmanos para uma visita ao Vaticano, defendendo o diálogo "fundado no respeito e no conhecimento recíprocos".
 "Continua a ser verdade que, para alguns muçulmanos, o diálogo inter-religioso não é nem uma realidade nem uma prioridade. Mas é também verdade que estamos assistindo a um acontecimento importante na carta aberta" _ afirmou o Cardeal Tauran, destacando que os 138 signatários da carta ao papa representam 43 países. (CM/PL/AF)








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