2008-01-04 14:06:41

Violência no Quénia ameaça operações de assistência humanitária na África Oriental


(4/1/2008) O Programa Alimentar Mundial indicou que 200 dos seus camiões não estão a conseguir chegar ao sul do Sudão, Uganda e leste da República Democrática do Congo.
Os camiões foram carregados em Mombaça com alimentos para um milhão de pessoas, no total, mas foram travados pelas barreiras erguidas nas estradas ou ficaram bloqueados em cidades como Nairobi.
Esta acordou ontem num verdadeiro estado de sítio tendo milhares de polícias sido mobilizados para travar a manifestação que a oposição tinha marcado para a capital.
O seu líder, Raila Odinga, que contesta a reeleição de Mwai Kibaki no escrutínio de 27 de Dezembro, convocou um milhão de pessoas. Apareceram alguns milhares, que tiveram de lutar contra o gás lacrimogéneo e os canhões de água para saírem dos subúrbios da cidade.
Após ter adiado a manifestação e marcado uma outra para dia 8, o Movimento Democrático Laranja, pelo qual Odinga foi candidato , apelou ao início de um novo protesto nas ruas de Nairobi a partir de hoje. O objectivo é denunciar, mais uma vez, a fraude que levou à vitória de Kibaki, que ontem disse estar pronto para o diálogo quando houver calma. No mesmo dia, o procurador-geral do Quénia, Amos Wako, falou na necessidade de uma recontagem dos votos.
Fracassada que está a missão da União Africana, de John Kuofor, o bispo sul-africano Desmond Tutu está a suportar os esforços de mediação para pôr fim a uma onda de violência que já fez mais de três centenas de mortos e perto de cem mil deslocados e refugiados.








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