Roma, 02 jan (RV) - Bento XVI encorajou ontem durante o Angelus na Praça São
Pedro as 380 manifestações promovidas pela Comunidade de Santo Egídio, junto a outras
associações, movimentos e comunidades, em 65 países, por ocasião do 1º de janeiro.
As manifestações tinham por slogan “Paz a todas as terras”.
Após ter rezado
o Angelus no Dia Mundial da Paz, o Papa expressou seu apreço aos promotores e participantes
destas iniciativas, exortando-os a serem sempre testemunhas da paz e da reconciliação.
Um
comunicado da Comunidade de Santo Egídio explica que estas manifestações buscavam
recordar “a todas as terras que, no norte e no sul do mundo, esperam o fim da guerra,
fonte de sofrimento para tantos povos e “mãe” de todas as pobrezas”.
Os organizadores,
ao mesmo tempo, fizeram um chamado pelo fim do terrorismo”. Em Roma, os participantes
na manifestação, à qual foram convidados cristãos, fiéis de todas as religiões, e
homens e mulheres de boa vontade, foram cerca de 20 mil. Entre as cidades que se uniram
à convocação encontravam-se Buenos Aires, Madri, Paris e Lisboa.
Em seu discurso
pronunciado em Roma, o professor Marco Impagliazzo, presidente da Comunidade Santo
Egídio, recordou que 40 anos atrás “um Papa sábio, Paulo VI, “lançou a idéia” – foram
suas palavras – de dedicar o primeiro dia do ano à paz”.
Aquele chamado, recordou
Impagliazzo, é particularmente urgente hoje em muitos países que vivem “à margem da
guerra civil, como Quênia e Paquistão, ou que estão abalados pela violência, como
Iraque, Líbano, Congo, ou ameaçados pelo terrorismo”.
Em meio a este panorama
de sangue, Implagliazzo disse que há uma certa esperança de paz, no encontro entre
israelenses e palestinos.
Estamos convencidos, disse citando a mensagem para
a paz escrita para a ocasião por Bento XVI, que “não vivemos uns ao lado dos outros
por casualidade; todos estamos percorrendo um mesmo caminho como homens e, portanto,
como irmãos e irmãs”. (SP)